Usina de Letras
Usina de Letras
11 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62285 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22540)

Discursos (3239)

Ensaios - (10386)

Erótico (13574)

Frases (50671)

Humor (20040)

Infantil (5458)

Infanto Juvenil (4780)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140818)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6209)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->A Separação -- 10/10/2002 - 13:59 (Leandro Antonio de Almeida) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Em cima da montanha, um céu cinza

De frente para o mar, agora em ondas

Se aproxima a tempestade

Porque os ventos a anunciam



Junto com você, no nosso beijo

Quando somos um.. só um...

Meus lábios lentamente se afastam dos seus

Meu corpo lentamente se desgarra do seu

Pela corrente de tempo que o puxa



Agarro-me ao seu corpo, ao seu braço

Prendo-me ao seu olhar, e olho-a

Mas a corrente que a puxa

É mais forte do que eu...



É o tempo, instrumento dos deuses,

Que puxa você para distante de mim

O meu olhar ainda está no seu

O tempo... O tempo... o espaço

Tudo! Tudo quer nos separar!



Quando o meu dedo deixa de lhe tocar

O meu último átomo junto ao seu

O meu dedo querendo tocar o seu

O meu corpo já não está mais em você

Mas o meu olhar ainda se liga à sua alma



As correntes de tempo nos puxam

Para lados opostos dessa vida

Seus cabelos se agitam com o vento

Seu vestido alvo se levanta

E você me olha, cada vez mais distante



Fico preso à essa árvore

Pela corrente que me puxa

Enquanto você, levitando sobre o mar

Ainda me olha, me pedindo

Mas seu olhar está cada vez distante

Lhe envio, pelo vento, um beijo

Que não chega porque foi desviado

Pelos deuses....

Agora nem vejo seu rosto direito

A não ser pela construção na minha mente

Você está distante, além do mar

Vejo um ponto no horizonte

É você...



É então que as correntes de tempo soltam-me

Deixando-me livre para seguir meu caminho

Já que você foi levada

Para o outro lado dos mares da vida

Para lugares e tempos que desconheço



Recebo a tempestade toda em mim

As gotas caem sobre meu corpo

E cortam a minha alma

Olho para o horizonte e não lhe vejo

Agora você está distante

Longe das minhas vistas

Perto do meu coração?



Em cima desta montanha

Encostado na árvore, nessa prisão

Tenho que descer daqui

Porque a corrente de tempo me induz

E vou seguindo, seguindo...



Mas, vez em quando, olho para traz

Olho para o horizonte, esperando

Quero ver um ponto, mas não vejo

Você é parte das minhas lembranças

Fortes lembranças que tenho de você

Dos nosso bons momentos

Que levarei comigo, para sempre

Até nos encontrarmos

Em outra corrente de tempo....



Vou deixando o lugar tempestuoso

Vou deixando cair uma lágrima

Que se mistura com a chuva

Vou deixando uma parte de mim

Porque vou deixando você

Mas vou levando o nosso amor....

Para lugares que desconheço

Para outras tempestades...
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui