Confesso que ao te ver tão belo qual anjo submisso,
olhos cerrados, feições compenetradas,
a sugar o artelho que te é oferecido por macho incógnito
a quem imploras este deleite.;
fui tomada pelo desejo premente de te subjugar.
Ter-te à minha mercê.
Por quê não?
Amaria chicotear-te enquanto sorvesses, embevecido,
o odor forte e mal cheiroso que te excita.
Ah, meu querido, não sabes os pensamentos loucos
que me tomam de assalto tendo como alvo tua bela figura.
Poderia desenhar lindas estrelas, com finas agulhas,
neste teu peito franzino.
Ou tornar-te um ouriço aguilhoando teus testículos sensíveis.
Delírio supremo masturbar-te a uretra, com fina haste de marfim.
São tantos sonhos e fantasias que me perco em devaneio.
Mas se um dia te pego de jeito, presta atenção meu amigo.
Saberei proporcionar-te um tratamento adequado,
que te levará à loucura, alçando-te a patamares
nunca dantes provados.
Certamente implorarás a perpetuação do tormento
enquanto eu, sorridente, ficarei de pensar.
10/10/02
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