Em meu ventre se rasgam minhas entranhas,
como se um animal de lá quisesse sair.
E o grito que prendo, destruindo minha garganta
não é varrido pela lágrima noturna, que da coragem tenta me despir.
Me rasgo em mil pedaços, para me refazer pela manhã.;
mas é em vão: eu sou um ser despedaçado,
que luta, sem armas, uma briga vã.
Me despedaço, mas à noite, apenas, posso ser eu...
Apenas esqueço dos meus pedaços afiados me cortando
quando raia o sol, e com suavidade sinto o beijo teu
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