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Artigos-->MANIFESTAÇÃO CULTURAL TOCANTINENSE -- 09/05/2009 - 18:42 (ZACARIAS MARTINS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Fruto de um estudo de caso de processo folkcomunicacional (estudo sobre processos de comunicação através das manifestações folclóricas e suas relações com a mídia), o livro “A roda de São Gonçalo na comunidade quilombola da Lagoa da Pedra em Arraias”, do educador e jornalista Wolfgang Teske, faz um registro dessa importante manifestação cultural no município tocantinense de Arraiais, no Sul do Estado, cuja publicação pela Editora Kelps, de Goiânia, contou com o apoio da Fundação Cultural do Tocantins.



No povoado quilombola moram 34 famílias com seus 170 moradores vivendo da agricultura de subsistência, plantando arroz, milho, feijão e mandioca, sendo que, quase a totalidade das roças, são na base da roça de toco. Apesar de possuir características de uma festa, na região todos se referem a ela como a roda. Em várias ocasiões, principalmente, em festividades culturais nas cidades maiores, a Roda de São Gonçalo é dançada como demonstração, no entanto, nesses casos a apresentação se restringe a algumas partes, pois de forma completa ela somente ocorre quando feita por pagamento de alguma promessa.



O autor destaca que a. Roda de São Gonçalo teria surgido por volta de 1200 em Amarante, Portugal, e vem ao longo dos anos sofrendo transformações, mas a essência continua justamente preservada por um povo tão discriminado e que sofre toda sorte de preconceito, como foram as comunidades quilombolas espalhadas pelo Brasil.



“O que a gente percebe, na medida em se pesquisa o tema, é que cada comunidade tem particularidades e uma dessas particularidades são exatamente as manifestações culturais que eles têm e que de forma geral a sociedade não conhece. Ela está sujeita a sofrer mutações e interferências por causa da mídia. Cada vez mais com a globalização, o sinal de televisão e outros meios midiáticos atingem essa comunidade. Mas o curioso é que elas ressignificam a mensagem que recebem através da mídia e mantêm suas tradições fazendo algumas adaptações. É exatamente isso que eu estou pesquisando e usando como base a teoria da folkcomunicação”, afirma Teske.



Visto como ato de consagração religiosa do catolicismo popular, o livro também apresenta textos originais, ilustrados com 20 fotos de autoria do fotógrafo Emerson Silva, da Fundação Cultural do Tocantins, e que retratam desde a formação do cruzeiro da roda de São Gonçalo, aos arcos enfeitados, o altar, a cerimônia, a dança da roda, a sússia, os ritos finais e o canto do Bendintinho.

Para a produção do livro, o autor passou uma tmporada na comunidade, vivenciando os momentos, inclusive acordando cedo para acompanhar à lida das pessoas, para não perder nenhum detalhe da rotina de sua rotina.



A LENDA

No Brasil, a devoção a São Gonçalo vem desde a época do descobrimento. O seu culto deu origem à dança de São Gonçalo, cuja referência mais antiga data de 1718, quando na Bahia assistiu-se a um festejo com uma dança dentro da igreja. No final, os bailarinos tomaram a imagem do santo e dançaram com ela, sucedendo-se os devotos. Essa dança foi proibida logo em seguida pelo Conde de Sabugosa, por associa-lá às festas que se costumavam fazer pelas ruas em dia de São Gonçalo, com homens brancos, mulheres, meninos e negros com violas, pandeiros e adufes dando vivas a São Gonçalo.



SOBRE O AUTOR

Wolfgang Teske é catarinense de Blumenau. Graduado em Teologia pelo Seminário Concórdia de Porto Alegre (RS) e em Jornalismo pelo Centro Universitário Luterano de Palmas, no Tocantins. É especialista em Docência no Ensino Superior pela Faculdade Albert Einstein, de Brasília, e mestrando no Programa em Ciências do Ambiente, da Universidade Federal do Tocantins.

Foi missionário da Igreja Luterana de 1981 a 1992, nos estados do Rio Grande do Sul e do Pará. Em Belém, integrou a equipe que criou o Centro Integrado de Educação, Saúde, Assistência Social e Evangelização, sendo seu coordenador geral.



Como primeiro diretor, foi o responsável tanto pela construção quanto implantação do complexo educacional da Universidade Luterana do Brasil em Palmas, de 1992 a 1997. Exerceu o cargo de diretor de Relações Empresariais e Comunitárias da Escola Técnica Federal de Palmas, na sua implantação. Atualmente, é assessor especial da Prefeitura da capital do Tocantins e professor no Instituto Tocantinense de Pós-Graduação – ITOP.



Contato com o autor: wolf_teske@hotmail.com
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