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Poesias-->A invasão dos bichos -- 19/08/2002 - 19:12 (Airam Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A invasão dos bichos



A cultura de um povo

Deve ser bem respeitada,

Seus costumes, seus folclores.;

Devem ser aproveitadas.



Tentarei mostrar nestes versos

Uma parte da cultura,

Ara ficar pro nossos filhos

Em sua vida futura.



Falarei agora prá voceis

Se DEUS me der capacidade,

Brincando em versos rimados

Dos bichos que invadiu a cidade.



Nessa cidade tem cada coisa

Podemos prestar atenção,

Aqui tem você pode crê

Um bizogue aplicando injeção.



O peixe largou o rio

Virou motorista de caminhão,

Curiango aqui é dentista

Olha só quer confusão.



Loura montou um salão

Veja o que se vê aqui,

Água Preta tem de tudo

Mecânico aqui é lambari.



Curió anda vendendo leite

Olha só como é que é,

Aranha comprou uma serraria,

Candidato foi o jacaré.



Bem-te-vi virou vereador

Tudo aqui é desse jeito,

Grilo fazendo pintura

Traíra sendo prefeito.



Bode está na prefeitura

Isso é que é democracia,

Ratão é assistente social

Pinto estuda advocacia.



Lagartixa dirige carro

Caçote vendendo cachaça,

Periquito é um pedreiro

É coisa até de achar graça.



Saruê aqui bebe pinga

Paxé trabalha de vigia,

Coqui vendendo alumínio

Aqui no bairro da gia.



Lourinho jogando bola

Zebrão construindo alí,

Gaiamun foi oficial de justiça

E o coveiro foi arirí.



Minhoca combate a dengue

Baratão até virou crente,

Caranguejo aqui é mecânico

E não tem quem me desmente.



O leão é magarefe

É coisa de fazer espanto,

Piau faz requeijão

Cabrinha trabalha em banco.



Paca compra fazenda

Isso garanto no duro,

Pinto também é diretor

E mulinha levanta muro.



Galo joga dominó

Peito seco é frentista,

Nessa terra tem de tudo

Até teiú é tratorista.



Maritaca planta mandioca

E cuida do seu quintal,

Coruja faz arruaça

Quando bebe passa mal.



Louro aqui é banqueiro

Tem até o que come jaca

Tem um que é nome de jardim

Tem o que tira leite de vaca.



Leitoa também é crente

Falo e não é besteira,

Ainda existe uma onça

Concertando geladeira.



Barrão trabalha no banco

Na cantoria é o bode mé,

Coelho gerencia o baneb

E guaxe torra café.



Tatu quer ser um deusinho

Quando está com desespero,

Ainda tem aquele gatinho

Que está querendo ser pedreiro.



Tem uma raposa que trabalha

De pedreiro pro vigia,

Aqui tem um baiacu

Que gosta de pescaria.



Gambá aqui toma banho

E é bicho de muita sorte,

Cavalo só varre a quadra

Do ginásio de esporte.



Quando a noite vem chegando

As piranhas vão prá rua,

Os veados vestem saias

Juntamente com as peruas.



Não caiu de sua cabeça

Espantei quando vi aquilo,

Encontrei lá no mercado

Um piolho vendendo milho.



Tigre aqui planta verdura

No terreno da aabb,

Se você não acredita

É só ir lá prá ver.



Tem um pardal que é estudante

Falo isso pro senhor,

Aqui tinha um macaco

Que era bom jogador.



Preguiça que não trabalhava

Resolveu a trabalhar,

Mora na ponta da rua

E é dono de um bar.



Tem quati que faz gamela

Isso você pode crer

Tem carneiro que foi candidato

Para vereador do Pt.



Porco aqui é flamenguista

Ainda diz que é bom de bola,

Tem até uma lebre

Dando aula na escola.



Tem prá combatendo a dengue

Falo isso prá você,

Tinha até uma garrincha

Lá na casa de Ap.



Bode anda cortando cabelo

Tem rodão na mercantil,

Boi peba vendendo roupa

Coisa que ninguém nunca viu.



Piaba foi bom na gincana

Caburé tem uma mercearia,

Lebrão bebe cachaça

No bar que tem lá na gia.



E continuo a rimar

Os bichos aqui da cidade,

E todos os nomes dos versos

É de pura veracidade.



Tem pitú que é mecânico

E uma galinha que é cachaceira,

Uma perua que tira leite

E um boi com barraca na feira.



Tem uma raposa no volante

Do carro de Lurdes Spalla,

Um camelo que faz cama

Mas isso ninguém fala.



Tem lubizome lavando carro

No posto de Arnaldo Chapéu,

Uma cotia que jogava bola

Mas essa já foi pro céu.



Suçuarana foi lavrador

Isso foi a tempos atrás,

Tinha sereia bancando roleta

No jogo de satanás.



Tem lobo que toca sanfona

Só para ganhar dinheiro,

E também tem um lobinho

Que é famoso no pandeiro.



No verso atrás falei da traíra

E foi com todo respeito,

Mas também aqui já teve

Um gavião sendo prefeito.



Viveu aqui entre nós

Filho de dona Dazinha,

Eu pergunto a voceis

Que não conheceu Cobrinha?



Chegou aqui na cidade

Um dia um escorpião,

Trabalhava na máquina de arroz

Para agradar seu patrão.



Uma calanga que bebia

Toda vez que vinha prá feira,

E tinha também um guariba

Que só falava besteira.



Existiu um certo tempo

Uma rôla por aqui,

Se você já esqueceu

Pergunte para o Sady.



Joaninha dirige carro

Vou contar para voceis,

Na escola tem um sapo

Que dá aula de inglês.



Peba aqui laçou bezerro

Prá provar que foi vaqueiro,

Mora na rua 3 de maio

Em frente a casa do Ribeiro.



Macuco já foi dentista

E mudou lá pro Rajado,

Socó tem uma mercearia

Mas só não vende fiado.



O canguçu aqui tem fama

De fazer porta de aço,

Tem um gatão que joga bola

E dribla sem embaraço.



Eu conheço até um veado

Que trabalha de vaqueiro,

Mas esse não desmunheca

Nem na sala nem no banheiro.



Se você achou ruim

Desses versos que rimei,

Dá-me parte na justiça

Que contigo eu irei.



Primeiro tem que provar

Se ferí sua integridade,

E tem que provar o seu nome

Na carteira de identidade.



Já falei de muitos bichos

Da cidade do doutor,

Mas ainda falta dizer mais

De um tucano que é pintor.



Bicho é o que não falta

Nesses versos para eu botar,

Eu vi na praça da igreja

Um barrão dono de um bar.



Vi aqui nesta cidade

E vou falar para o senhor,

Um fino puxando leite

E um cocá vereador.



O jabuti é eletricista

Tubarão também tem bar,

Eu comprei de uma formiga

Uma casa prá morar.



De: Airam Ribeiro - Itanhém-Ba-

22/04/97.



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