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Artigos-->Uma análise sobre o Corinthians de todos os tempos! -- 12/05/2009 - 12:30 (Carlos Claudinei Talli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Uma análise sobre o Corinthians de todos os tempos

Carlos Claudinei Talli



Gilmar; Zé Maria, Amaral, Gamarra e Wladimir; Roberto Belangero, Rincon, Rivellino e Luisinho Trujillo; Cláudio Cristóvão do Pinho e Sócrates.



Gilmar: era um goleiro espetacular. Sua jogada preferida era a ‘ponte aérea’, que realizava com um refinamento inigualável. Dificilmente rebatia ou espalmava uma bola; simplesmente voava e a trazia presa em suas mãos. Além de tudo isso, era um dos goleiros mais seguros e eficientes da história do futebol. Foi inúmeras vezes campeão no Corinthians e no Santos, e bicampeão mundial pelo Santos e pelo Brasil.



Zé Maria: o ‘Super-Zé da Fiel’. Quanta raça, quanta dedicação, apesar de não ter sido um lateral muito técnico. Ele encarnou como poucos a mística corintiana do ‘dar o sangue’ pelo time. Por isso merece estar no time de todos os tempos. Além do mais, foi campeão mundial pelo Brasil em 1970 – na reserva – e titular no 4º lugar de 1974.



Amaral: na realidade era um quarto-zagueiro, entretanto, pela técnica apurada não poderia ficar de fora. Então, desloquei-o para central. Foi um dos zagueiros de área mais refinados que o Brasil conheceu. Formou com Oscar a dupla titular do Brasil em 1978, jogando de uma forma brilhante. O Brasil só não foi campeão nesse mundial pelo acerto escandaloso feito entre Argentina e Peru.



Gamarra: o maior zagueiro do futebol mundial na Copa da França em 1998. Passou quase um campeonato brasileiro inteiro sem fazer uma falta sequer. Como jogava bola esse paraguaio que nós, os brasileiros, tivemos a honra de ver atuar. Mesmo não tendo um físico muito avantajado, só na categoria e colocação, esbanjou qualidade por onde passou. No entanto, durante mais de 2 anos ficou na reserva do Inter de Milão. Por isso, fazer sucesso na Europa, pelo menos para mim, não significa muita coisa. Eles são loucos por brucutus!



Wladimir: outro ícone corintiano. Excepcional marcador, excelente técnica, ainda subia para o ataque com muita eficiência. Além disso, mantinha uma regularidade impressionante e, como Zé Maria, tinha com a torcida um carisma fora do comum.



Roberto Belangero: foi o centro-médio – volante na nomenclatura atual - do Corinthians campeão do Quarto - Centenário, em 1954. Aliás, centro-médio à moda antiga era muito mais que o volante de agora, pois se jogava no 4-2-4 e o meio de campo tinha apenas dois jogadores, ele e o meia-armador. Então, geralmente, para ocupar essa posição, o jogador tinha que, antes de tudo, ser um fora de série. E esse realmente foi um ‘monstro sagrado’.



Rincon: estou falando daquele jogador que disputou a Copa de 90 pela Colômbia como meia-ofensivo, e depois, entre 1997 e 2000, no Corinthians, se tornou um 1º volante. Era um jogador fantástico. Foi o grande líder do Corinthians bicampeão brasileiro e mundial interclubes. Nessa posição se mostrou quase do mesmo nível de um Beckembauer, de um Falcão ou de um Baresi, mas, como era atacante de origem, participava das jogadas ofensivas com mais proficiência. Por isso, acho até que era mais completo.



Rivellino: ‘o garoto do Parque’ da Fiel; ‘a patada atômica’ da Copa de 1970. Quando surgiu nos aspirantes do Corinthians, em 1965, praticamente todos os torcedores chegavam 2 horas antes do jogo principal só para vê-lo se exibir. Tinha todos os atributos de um excepcional meia-armador: driblava curto; lançava longo – 40 a 50 metros -; enfiava bolas com maestria; finalizava como poucos. Aliás, nesse quesito, tinha um ‘coice de mula’ nos pés e dificilmente errava o alvo. Ah....estava me esquecendo do seu ‘elástico’. Vocês se lembram? Que maravilha! Só para que os jovens, que não o viram atuar, tenham uma idéia do seu futebol, o virtuose Diego Maradona tinha-o como o seu maior ídolo.



Luisinho Trujillo: ‘o pequeno polegar’. Que ponta de lança espetacular era esse pequeno gigante, também campeão do Quarto - Centenário em 1954. Ele driblava curto com tanta sagacidade e competência que invariavelmente humilhava seus marcadores mais duros. Por duas vezes, após dar uma ‘caneta’ em seu adversário, sentou na bola de uma forma debochada. Mas, além dessa habilidade genial, era eficientíssimo ao enfiar a bola para os atacantes e também nas suas próprias finalizações ao gol contrário, mesmo não tendo um chute muito forte. É um dos jogadores de quem tenho mais saudades.



Cláudio Cristóvão do Pinho: além da técnica apuradíssima, colocava a bola ‘com a mão’ aonde quisesse. Fez a fama do excelente centro-avante Baltazar, o famoso ‘cabecinha de ouro’, com seus cruzamentos milimétricos. Acho mesmo que foi o ponta direita que executou esse fundamento com maior perfeição no futebol brasileiro, em todos os tempos.



Sócrates: finalmente o doutor... Não tinha o físico ideal; treinava pouquíssimo; gostava de alguns prazeres incompatíveis com o melhor desempenho de um atleta; todavia, ele e o incrível holandês Johan Cruyf, com certeza, foram os dois jogadores mais inteligentes que vi jogar. Eu os considero os maiores exemplos do que convencionei chamar ‘jogador total’: aquele que defende, arma e ataca com a mesma categoria e eficiência. Inclusive, se Sócrates tivesse levado mais a sério a sua profissão, acredito que teria superado o genial Cruyf, o maior jogador do futebol mundial após o Rei Pelé, na nossa modesta opinião. Isso tudo sem falarmos de como ele utilizava com maestria o seu inigualável calcanhar. Foi o único jogador que, de forma inusitada, fazia verdadeiros lançamentos utilizando essa parte do pé. Na realidade, ele era desconcertante.



Observação: o fato que mais me chateou nessa análise foi não ter conseguido incluir o brilhante meia-armador Zenon nesse time do Corinthians de todos os tempos. Eu tive que escolher entre ele, Rivellino, Luisinho Trujillo e... Sócrates. E aí, infelizmente...

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