Dizem que Hilda Furacão
não passa de fantasia
de um escritor de talento
que vida simples copia,
construindo um monumento
à lascívia e bohemia,
de uma mulher que seria
a sensação do momento.
Mas, a Rosa Palmeron
falam que existiu de fato,
conquistou até prefeito,
transou na zona e no mato
e levou para o seu leito
fosse quem fosse o sujeito,
até por cachê barato.
Já com Ângela Diniz
(que Doca Street matou)
o caso foi diferente:
com moço rico casou,
que a pegou com jardineiro,
no qual deu tiro certeiro,
que, no momento, o "apagou".
E ela, por bom dinheiro,
disse que foi quem atirou...
Teve com Ibrahym Sued
caso(antes do assassino)
e este, por ter ciúme
do colunista famoso,
no apartamento a pôs nua
para não sair na rua,
pois, o gigolô atroz
temia perder a presa
(que Sued chamou tigresa),
ficando sem grana e a sós...
Chegou, o dia fatal:
levou-a a Búzios, o Doca,
para um final de semana
de praia, na casa dela,
quando ocorreu a fofoca
de uma alemã - belezoca -
bater papo c´o a Diniz,
e, por ciúme da bela
mineira, acabou com ela,
com tiros no seu nariz.
Há muitos casos assim
de "madame" aventureira,
que brilha na mocidade,
mas, não dura a vida inteira,
pois, vêm problemas de idade,
e, às vezes, de ciumeira
e, também, de falsidade,
que fazem de uma beldade,
mulher chamada tigresa
ser motivo de vileza,
deixando imensa saudade!
Geraldo Lyra
Recife(PE), 10.04.2003
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