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Quinta-feira, 30 de Abril de 2009
O comunismo está vivo e ativo, alertam bispos do Leste europeu
Os representantes de treze Conferências Episcopais da Europa do Leste realizaram, em Zagreb, sua 3ª reunião após a queda do Muro em 1989.
No documento conclusivo da reunião sublinharam que as feridas causadas pelo comunismo continuam vivas e envenenam a vida e a sociedade dos países outrora escravizados pelo socialismo de Estado.
Grande parte dos trabalhos girou em torno do legado espiritual deixado pelos mártires do comunismo.
No encerramento, o Cardeal Bozani& 263;, arcebispo de Zagreb (foto), advertiu: “temos a impressão de que embora o sistema tenha parado de funcionar nas suas formas anteriores, ele se transformou e se nos afigura como um terreno envenenado no qual deveriam ter brotados frutos”.
Segundo a agência Zenit, o que mais preocupa a esses bispos é que “sua estrutura [do comunismo] permanece na legislação e no Judiciário, na economia, educação e cultura”, e especialmente, “no véu de silêncio imposto sobre os acontecimentos do passado recente".
“Os `filhos da mentira` apanharam os restos do Telão de Aço e com eles escondem e obnubilam a verdade dos fatos sobre os indivíduos e certas instituições. Alguns semeiam a divisão e a confusão”, disse ainda o Cardeal de Zagreb.
A verdade, acrescentou o purpurado, “é que o sistema comunista quebrou, mas seus restos são muito resistentes e se fazem ver promovendo as mesmas falsidades não somente por meio da política e no relacionamento com o passado, mas também na educação, a ciência e o ensino”.
Cardenal Mindszenty, herói da luta contra o comunismo, preso na legação americana de Budapest, 1956
Nesse contexto, o Cardeal de Zagreb sublinhou a necessidade da defesa da vida e da família.
“Não consentiremos nunca nem permitiremos um compromisso político nestas questões, pois não dependem de acordos humanos, mas da verdade central da qual nós somos a fonte”, aludindo a sua condição de bispos, que receberam de Jesus Cristo a missão de pregar o Evangelho.
Para os prelados a Igreja deve lutar “contra a tendência de calar sobre o que aconteceu realmente” sob o comunismo, e assestar um foco especial nos mártires que ele fez em ódio à Fé.
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