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Artigos-->Uma análise sobre o Palmeiras de todos os tempos! -- 14/05/2009 - 11:51 (Carlos Claudinei Talli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Uma análise sobre o Palmeiras de todos os tempos



Leão; Djalma Santos, Djalma Dias, Luis Pereira e Ferrari; Dudu, César Sampaio, Jair da Rosa Pinto e Ademir da Guia; Mazzola (Altafini) e Rivaldo.



Leão: que grande goleiro; e que personalidade. Participou de 4 Copas do Mundo e foi titular em duas (1974 e 1978). No Palmeiras, foi titular absoluto no time da 2ª academia. De uma regularidade incrível, compensava o seu único ponto fraco, a saída do gol, com um desempenho soberano debaixo dos três paus. Em 1974, se não fosse ele, o Brasil teria sido desclassificado já na 1ª fase.



Djalma Santos: ao falar desse lateral estamos recordando uma verdadeira lenda do nosso futebol. Categoria só comparável à de seu companheiro da lateral-esquerda Newton Santos, ele simplesmente brincava com a bola. Mas era de uma eficiência impressionante. Tinha duas jogadas características. Quando ficava fechado por um adversário perto de uma bandeirinha de escanteio, puxava a bola com o pé esquerdo, levantava com o direito, e tocava por cima como que tirando um sarro da cara do infeliz que tentara encurralá-lo. A outra era a cobrança de qualquer lateral próximo à grande área adversária: transformava esse lance num verdadeiro escanteio, e muitos gols saíram assim.



Djalma Dias: tinha a mesma categoria do filho Djalminha, só que na zaga central. Então, imaginem! E, apesar da técnica apurada, era extremamente eficiente. Também, como Djalma Santos, participou da 1ª academia do Palmeiras, e depois foi mostrar a exuberância do seu futebol no Santos de Pelé e Cia.



Luis Pereira: esse foi um caso a parte. Tinha uma técnica similar à de Djalma Dias, entretanto, foi o zagueiro que melhor se projetava ao ataque e se tornou o maior exemplo do que se convencionou chamar no futebol de ‘o elemento surpresa’. Marcou muitos gols assim. E, além de tudo isso, tinha um senso de colocação e um vigor físico esplêndidos.



Ferrari: o Palmeiras teve na sua história vários excelentes laterais esquerdos, todavia, talvez por ser destro, Ferrari foi o que mais me agradou. Inclusive, lembrava muito o futebol que algum tempo depois o ‘monstro sagrado’ Júnior, do Flamengo, viria apresentar. Era um bom marcador e saia para o jogo com muita facilidade. Foi o lateral-esquerdo da 1ª academia palmeirense. Geraldo Scotto e Zeca também poderiam ser lembrados.



Dudu: formou com Ademir da Guia a melhor dupla de meio de campo da história do Palmeiras. Líder nato, jogava com uma seriedade e uma raça espantosas, e tinha categoria suficiente para se igualar aos maiores centro-médios do nosso futebol em todos os tempos. As duas principais qualidades desse fora de série foram a liderança insuperável e o senso de colocação, que o tornavam o pilar mestre daquele time fantástico- a 2ª academia -.



César Sampaio: foi um volante excepcional. Excelente técnica, físico privilegiado, noção de cobertura perfeita e muita qualidade quando se projetava ao ataque. Foi o esteio daquele extraordinário Palmeiras 93/94 e, juntamente com Dunga, da seleção brasileira vice-campeã em 1998. Pena que o episódio Ronaldo – o Fenômeno – não permitiu o coroamento de uma brilhante carreira com o título mundial. Ele o merecia.



Jair da Rosa Pinto: o ‘Jajá da Barra Mansa’. Só os mais antigos o conheceram, mas, entre os que o viram jogar, duvido que não seja uma unanimidade. Foi um dos mais brilhantes meias armadores da história do futebol. Além de todas as qualidades necessárias a um jogador diferenciado dessa posição, cobrava faltas de uma forma que eu nunca vi igual. Tinha uma canela fina, era franzino, não tomava distância alguma, mas desferia um petardo inacreditável. Teve sua melhor fase no Palmeiras dos anos 1950, e encerrou sua brilhante carreira ensinando muita coisa ao Rei Pelé, no final daquela mesma década.



Ademir da Guia: só citar esse nome já bastaria. Foi o melhor jogador da história do Palmeiras. Lembrava muito, na forma de jogar, o melhor jogador do mundo na atualidade, o armador Zinedine Zidane, do Real Madri. Só que, apesar de ter sido o maior injustiçado na seleção do Brasil em todos os tempos, acho que era ainda melhor que o francês. Vê-lo atuar, como acontecia com Ronaldinho Gaúcho e o próprio Zidane, sugeria que jogar futebol era uma coisa extremamente fácil, tal a intimidade que mantinha com a bola. Ele não fazia qualquer esforço e, no entanto, o seu futebol era um verdadeiro deleite. Foi a alma da 2ª academia do Palmeiras, um esquadrão que deixou saudades.



Mazzola: começou como titular do Brasil na Copa de 1958 e depois perdeu a posição para Vavá. No entanto, tecnicamente era melhor. Lembrava muito o arranque do nosso Ronaldo – o Fenômeno – e tinha um poder de conclusão excepcional. Logo após a Copa de 58 foi vendido para o Milan e imediatamente se tornou um enorme sucesso, tendo sido o titular da Itália na Copa de 1962, no Chile. Ainda hoje mora na Itália.



Rivaldo: estou falando do jogador que surgiu no Mogi-Mirim, passou pelo Corinthians com sucesso, participou brilhantemente do melhor Palmeiras dos últimos 25 anos, o de 1996, foi uma estrela fulgurante no La Coruna e no Barcelona, disputou uma excepcional Copa em 1998 e se tornou campeão mundial, talvez como o melhor jogador do torneio, na Copa de 2002. Pena que de uns tempos para cá, parece que desaprendeu a jogar. Acho que muitos motivos justificam essa queda, mas um dos principais certamente foi a sua mania de querer ser meia-armador. Ele foi um dos maiores atacantes do futebol mundial de todos os tempos, entretanto, nunca teve cacoete de meia-armador. Porém, apesar desse final não merecido, o futebol brasileiro deve muito a ele!



Observação: Neste ataque de todos os tempos certamente está faltando o fora de série Julinho. Em 13/05/1959, no jogo Brasil 2 x 0 Inglaterra, foi o responsável pela maior vaia coletivo da história do futebol brasileiro. Em pleno Maracanã. Tudo porque ele estava ocupando o lugar do monstro sagrado Garrincha, que estava no banco, e que um ano antes deslumbrara no Mundial da Suécia. Pois bem, no final daquela partida, Julinho foi aplaudido de pé, por 160.000 torcedores, num dos maiores reconhecimentos coletivos demonstrados a um craque, tal a sua performance. Assim, eu não tenho outra escolha. Vou criar mais uma versão do Palmeiras de todos os tempos, no esquema 4-3-3, escalando o Julinho e tirando o César Sampaio. Ficaria assim: Leão; Djalma Santos, Djalma Dias, Luis Pereira e Ferrari; Dudu, Jair da Rosa Pinto e Ademir da Guia; Julinho, Mazzola (Altafini) e Rivaldo.





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