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Artigos-->Uma análise sobre o Santos de todos os tempos -- 21/05/2009 - 10:27 (Carlos Claudinei Talli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Uma análise sobre o Santos de todos os tempos

Carlos Claudinei Talli



Gilmar; Carlos Alberto Torres, Mauro Ramos de Oliveira, Djalma Dias e Geraldino; Zito, Clodoaldo, Mengálvio e Pelé; Coutinho e Edu.



Gilmar: foi o mais completo goleiro brasileiro. Bicampeão mundial pela seleção e bicampeão mundial pelo Santos. Era um arqueiro que, às vezes, como qualquer ser humano, cometia uma falha grave (engolia um ‘frango’), porém, não se abatia e se recuperava imediatamente, salvando o seu time, muitas vezes, no mesmo jogo. Por isso foi apelidado de ‘São Gilmar’. Isso só viria a se repetir recentemente com o ‘São Marcos’ do Palmeiras, principalmente na Taça Libertadores de 1999, e mais uma vez agora contra o Esporte em Recife...



Carlos Alberto Torres: o capitão da seleção de 1970. Num time que tinha grandes líderes como Piazza, Gerson e Pelé, imaginem a personalidade e a liderança que um jogador teria que possuir para ser o capitão do time. Além dessa qualidade principal, tinha categoria suficiente para jogar em qualquer posição da defesa e do meio de campo, com a mesma desenvoltura e competência.



Mauro Ramos de Oliveira: sem dúvida o mais clássico e elegante central brasileiro que conheci. Foi chamado de ‘Domingos Branco’, numa alusão ao monstro sagrado Domingos da Guia, na opinião de todos que o viram jogar, inclusive dos argentinos, o melhor zagueiro central do mundo de todos os tempos. Mauro foi o que lhe chegou mais perto. E nem por isso qualquer um dos dois perdia em eficiência.



Djalma Dias: desloquei-o para a posição de quarto-zagueiro por que não poderia ficar de fora. Tinha a mesma classe e elegância de Mauro. Só não teve a mesma fama porque não foi bicampeão mundial de seleções! Para provar que, às vezes, filho de peixe peixinho é, ele era o pai do fora de série Djalminha. Nesse caso, classe e categoria eram coisas de família! O raio caiu, sim, duas vezes no mesmo lugar...



Geraldino: um jogador que veio de Minas e, parodiando a famosa música gravada por Clara Nunes, era sim ouro em pó, tamanho era o seu futebol. Apesar de extremamente discreto na maneira mineira de ser, era um jogador que pertencia à nobre estirpe dos foras de série. Nessa arte, só perdia para o insuperável Newton Santos. Foi um craque que merecia uma maior projeção internacional. Infelizmente, como amiúde acontece no futebol, ela não veio.



Zito: tinha todas as qualidades de um grande jogador, entretanto, a que mais se destacava era a liderança que se impunha naturalmente. Além, é claro, da garra impressionante. Ele queria ganhar todas, inclusive as partidas de jogo de botão disputadas na concentração. Por isso, foi o capitão do Santos e da Seleção Brasileira durante toda a sua vitoriosa carreira.



Clodoaldo: o que mais impressionava nesse grande jogador era uma mobilidade de assombrar. Tinha um pulmão de gigante, cobria todos os espaços esbanjando uma enorme categoria. Inclusive, foi o protagonista de um dos momentos mais bonitos da Copa de 70: na intermediária do Brasil, jogo final contra a Itália já definido, placar marcando 3 x 1 a nosso favor, ele dribla 5 a 6 adversários iniciando o lance do 4º e último gol brasileiro. Uma verdadeira pintura.



Mengálvio: mais um monstro sagrado na arte de jogar futebol. Como Ademir da Guia, também era um falso lento, aquele que, devido à espantosa categoria, simulava uma lentidão ilusória, enganando os adversários, que sempre chegavam atrasados ao lance. O seu jogo, como o do ilustre palmeirense, fluía naturalmente e era extremamente bonito, só comparável recentemente ao do francês Zinedine Zidane. Também, como Ademir, foi outro grande injustiçado em termos de seleção brasileira.



Pelé: na Suécia ele atuou na sua verdadeira posição, como atacante. Assombrou o mundo. Já no México, 12 anos depois, mostrando uma noção de conjunto extraordinária, jogou como o 4º homem do meio de campo. Fez de tudo, e foi considerado o melhor jogador da Copa. Como não poderia ser diferente, foi ele o protagonista do artigo que inaugurou esta coluna há seis anos, e, ali, tentamos dar uma pálida idéia do que foi o extraordinário futebol do Rei.



Coutinho: apenas para que possamos imaginar como era o futebol deste habilidoso centroavante, muitos o consideravam, apenas dentro da grande área, bem entendido, melhor do que Pelé. Só de lembrar essa comparação eu fico preocupado, com medo de estar cometendo uma tremenda heresia. Mas se ele não era, chegava perto. Técnico, rápido, tinha um poder de conclusão similar ao de Romário. Preciso falar mais?



Na extrema-esquerda, talvez a maioria prefira escalar Pepe. Realmente, poucos tinham o chute e a eficiência de Pepe. Entretanto, eu, só pra contrariar, elejo sem qualquer sombra de dúvida o extraordinário Edu. Na época de Pepe, jogava no São Paulo talvez aquele que foi o mais habilidoso ponta-esquerda brasileiro de todos os tempos: Canhoteiro. Pois bem, acreditamos que Edu foi justamente uma mistura perfeita desses dois estupendos jogadores. Tinha quase a mesma habilidade de Canhoteiro, e a objetividade de Pepe. Por isso, o considero o mais completo ponta-esquerda que o Brasil já conheceu. Só não foi titular absoluto da nossa seleção, porque o sistema de jogo com dois pontas ofensivos já tinha sido abandonado.









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