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Artigos-->Aprendendo a Morrer -- 08/06/2009 - 21:26 (Hideraldo Montenegro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


APRENDENDO A MORRER











Ora, se no universo não existe o nada, então, antes da existência do universo não existia o nada, pois, o NADA, NADA GERA.





Com o universo surge o tempo e o espaço, ou melhor, com o surgimento da consciência aparece a apreensão de tempo e espaço. Afinal, o tempo e o espaço são fenômenos da consciência.





O tempo e o espaço se inserem no universo da relatividade e, para existir o relativo é necessário existir o absoluto, caso contrário, o relativo tornar-se-ia absoluto. Não tem como existir o relativo se não existir o absoluto.





Existindo, portanto, o absoluto, ele é eterno, imutável e infinito. Estas são qualidades que atribuímos a uma mente superior, ou melhor, Deus.





Ora, se o universo material é relativo, ou seja, se apresenta dentro do tempo e espaço (noções que só a consciência pode captar), então, sua origem está no absoluto, no imaterial, já que ele (o relativo) não poderia se auto-gerar. Para isto, ele teria que estar além do tempo e espaço, ou seja, no absoluto.





Este campo imaterial (o absoluto) não é o nada, porque o nada nada gera. Deste universo imaterial surgiu o universo material consequentemente. Ou seja, do invisível surgiu o visível. A energia (invisível), por exemplo, faz surgiu tudo que é sólido, tátil, visível.





Então, qual a natureza deste ser, que em muitas culturas recebe vários nomes?





A sua natureza, logicamente, só pode ser absoluta, imutável, infinita. Todas as outras concepções (principalmente religiosas) são limitações da apreensão desta verdade, embora, estejam essencialmente certas.





Mas, como limitados e vivendo no mundo da relatividade do tempo e espaço, podemos entender completamente este ser?





Não podemos.





Só podemos tentar nos aproximar deste ser através de sua criação. Ou melhor, ao nos conhecermos melhor, estamos comungando com Deus.





Curioso, tentamos entender o mundo (físico, manifesto) através de nossa consciência, presos ao tempo e espaço, ou seja, limitados, e chamamos isto de ciência (o que é correto), contudo, temos que admitir que isto é uma limitação. Só a experiência pode nos confirmar certas teorias. Mas, seja como for, o nosso instrumento de investigação (científico e filosófico) é a consciência.





Mas, há como nossa consciência transcender o tempo e o espaço? Há como vivenciarmos o absoluto?





Toda técnica de meditação se fundamenta na suspensão dos sentidos para, assim, irmos além da consciência objetiva, limitada pelo tempo e espaço.





Fechamos os olhos, ficamos em silêncio e imóveis e, assim, vamos gradativamente perdendo a noção de tempo e espaço, mas, diferentemente do sono, conscientemente. Quando isto acontece eficientemente a nossa consciência naturalmente entra num estágio de apreensão diferente daquele quando estamos completamente ativos.





A maior luta, no entanto, para atingir este nível de consciência são os pensamentos. É necessário aprender a “desacelerar” a mente. Quando ela se aquieta, então, entramos no universo além do tempo e espaço, ou seja, do absoluto.





Óbvio, portanto, que esta vivência (bem real) é intraduzível, afinal, tratar-se de um universo sem referências.





Ou seja, a apreensão do absoluto (Deus) só pode ser atingida de forma transcendente. Não se tem como racionalizar esta experiência.





A comunhão com Deus é uma vivência pessoal e, portanto, intraduzível. Todavia, esta é uma experiência absoluta, inquestionável para quem a vivencia e isto está além de crença e conceito limitantes.





Para o ser humano atingir plenamente o absoluto ele precisa morrer. E, principalmente, morrer consciente, pois, na maioria das vezes o falecido permanece em estado de inconsciência.





A meditação é um aprendizado para a morte (consciente).





A morte não é um mero castigo infringido aos mortais, mas o nosso objetivo final como destino cósmico. Afinal, não viemos do nada (já que o nada não existe), mas do absoluto.





Apenas vivemos a consciência ilusória do tempo e espaço e toda a sua relatividade.









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