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Contos-->AH... MEU CINO-AMOR!! -- 09/08/2002 - 23:35 (Walter da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
AH... MEU CINO-AMOR!!
para ARIÊ DO GRAVATÁ*


Quando fui buscá-la com um amigo, comecei a gostar de imediato, de seu jeitinho dócil, travesso e cheio de curiosidade. Estava abandonando seu lar original, para ter que enfrentar um novo lar, distante dali, da família, dos três irmãos, com quem vivia na área de serviço. Com alguma experiência anterior, embora dedicado a outra espécie, aceitei-a com muito carinho, tolerância e certa cautela. Em geral, o ser humano teme demais o desconhecido, o novo. A par de uma teoria bastante rica, editada em três idiomas, li bastante sobre sua origem, comportamento, traquinagens, companheirismo e amor involuntário ao próximo.
Estava disposto a, ao invés de investir numa dessas empresas de segurança doméstica - mesmo porque não teria fôlego financeiro - cuja eficácia deixa sempre a desejar, preferir adotá-la quase como filha, embora encarando este papel muito espinhoso, eu que sou pai de quatro filhos. Aconcheguei-a em casa, num local quentinho, especial, longe dos possíveis predadores eventuais; alimentei-a conforme manda as regras do jogo, enfim, assumi-a “in toto”. Durante seu crescimento, incauto e ainda neófito nessa espécie, comecei a observar - e às vezes ficar furioso, mesmo - que minha nova “filha”, possuía hábitos bem diferenciados, dilacerantes, fora dos padrões normais. Então com algo fofinho feito ela, nem se fala.
Destruía toalhas, tecidos em geral, e, o que é pior, rasgou uma camisa listrada, da qual eu gostava muito. Saí tentando adaptar a teoria cinográfica à minha ignorância de mortal, mas possuidor de uma faculdade que o filósofo Descartes, denominou RAZÃO.
Minha querida filhinha não concorreria com tamanho e incompreensível arsenal. Teria mesmo que, seguindo Pavlov, utilizar as velhas técnicas de reflexos condicionados, repetitivos, dentro de uma metodologia de adestramento especial para minha querida filhinha. O tempo foi passando. Convivemos os primeiros meses de nosso relacionamento, com alguns conflitos, certamente por conta da minha crucial ignorância.
Meu amor por ela foi aumentando, se enraizando, tanto quanto os outros amores que tive ao longo da vida de cinófilo.
Atualmente, com quase 5 anos de idade, muito bonita, inteligente, fiel e guardadeira como sói, ela é o orgulho da raça.
Conheço seus caprichos, suas tensões seu ar de rebeldia e de carência. Ela ainda é virgem, porém libriana. No dia 06 de outubro próximo, estaremos comemorando com direito a bolo de ração que prepararei especialmente. A ti, minha querida ARIÊ, pelo que és... meu eterno amor.


* cadela da raça ROTTWEILER.
WALTER DA SILVA
Aldeia, Camaragibe, julho 2001.
Extraído de “22 CONTOS DE RÉS”®


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