A morte acena da porta,
acena de cada janela entreaberta.
A morte estende seu manto,
e acolhe a donzela,
o enamorado
e o poeta.
A morte, porém, não entende,
a morte não compreende
a vida latente,
que renasce, novamente,
a cada instante
na alma de quem
ainda se permite sonhar. |