O vírus de computador, assim denominado em função de uma analogia com o vírus biológico, é um programa ou um conjunto de instruções executáveis com habilidade para danificar arquivos ou para exibir mensagens estranhas.
A contaminação eletrônica ocorrerá, essencialmente, com a execução de programas ou com a utilização de disquetes, desde que estes estejam infectados com as pragas, habitualmente alojadas em segredo.
Tornando-se o equipamento de informática hospedeiro, o vírus aguarda o momento correto, normalmente uma data específica ou uma ação pré-determinada em seu código, para entrar em funcionamento. Em geral, quando ele se torna ativo, o computador passa a apresentar um comportamento anormal, travando constantemente.
A disseminação dessas pragas digitais é uma verdadeira ameaça aos usuários de computador, vez que podem se reproduzir entre os arquivos do sistema, com o propósito de praticar seu poder destrutivo e de causar prejuízos.
Hoje, em um mundo conectado, com uma população de internautas de aproximadamente 500 milhões, trocando diariamente arquivos e mensagens eletrônicas, a internet é o mecanismo adequado para a proliferação dos vírus e a contaminação dos computadores e sistemas operacionais.
O vírus Nimda, por exemplo, com o uso do mecanismo de proliferação, que engloba principalmente o correio eletrônico, infectou 100 mil computadores de 29 países, inclusive o Brasil, em apenas 24 horas.
Portanto, a fim de proteger ou erradicar a infecção de qualquer organismo digital e de evitar prejuízos com a perda de dados e de produtividade, há diversas medidas que devem ser realizadas para evitar a presença dos vírus de computador.
É indispensável, como primeira providência, a adoção de um programa antivírus, seja no micro pessoal, seja nas redes das empresas, haja vista a necessidade de detectar e de eliminar nos discos rígido, removível e flexível os programas nocivos aos sistemas de informática.
Para que seja eficaz, o antivírus deve ter atualização permanente pela internet, a fim de possibilitar a sua eficácia diante dos 58 mil vírus de computador já identificados e dos novos 12 espécimes que surgem diariamente.
A velocidade de propagação dos vírus, entretanto, inviabiliza a adoção exclusiva das vacinas e da sua atualização, de modo que as medidas preventivas de proteção dos disquetes contra gravação, bem assim de utilização restrita dos programas de livre circulação, devem ser consideradas.
Recomenda-se, também, o ato de desconfiar dos arquivos enviados em conjunto com as mensagens, vez que 90% dos vírus são distribuídos por meio do correio eletrônico. Importante salientar, porém, que a infecção por meio deste recurso só ocorrerá com a execução dos arquivos anexos, visto que ainda não há criatura capaz de estar contida em mensagens formadas apenas por caracteres.
Desse modo, principalmente para os usuários da internet, a prevenção aos vírus de computador é uma questão de sobrevivência, pois as estatísticas assim o comprovam. Certamente a aplicação dos meios ora abordados, além dos que eventualmente possam surgir, evitará transtornos.
Lembre-se: há o risco diário de ocorrer a contaminação do seu computador ou da sua rede.
(Publicado, em 16/01/2002, no suplemento de Informática da Gazeta de Alagoas e, em 12/03/2002, no portal SecureNet - www.securenet.com.br) |