Que impacto causaria a construção de um novo presídio em Piracicaba, onde se concentrarão mais de setecentos condenados?
Pode-se fazer alguma avaliação pela experiência de outras cidades, mas a Noiva da Colina já tem uma unidade prisional onde estão encerrados centenas de outros prisioneiros.
É inegável que a urbe precise de reforços no sistema educacional e também na área da saúde. Nota-se também que alguns bairros não possuem ainda ruas asfaltadas.
Somos da opinião de que todos aqueles que cometem delitos devem ser julgados e se condenados, cumprir a pena que lhes foi imposta. Hoje em dia a punição, das mais severas, é a restritiva da liberdade pelo tempo determinado na sentença.
Não existe em nosso ordenamento jurídico a pena capital, ou seja, aquela em que o estado pode dispor da vida do sentenciado. Aliás, esse tipo de sanção é usado em poucos paises do mundo, e especialmente onde o regime político é autoritário.
Observe também que nos estados onde há a pena máxima, os direitos de expressar as opiniões, também são limitadíssimos.
Então não é raro vermos notícias de fuzilamentos tanto na China, quanto na Coréia do Norte ou outros lugares onde não existe a liberdade.
Depois de condenado, o réu deve ser conduzido ao local onde expiará sua culpa. Após o transcurso do tempo se livrará solto e, teoricamente não deverá mais nada à sociedade.
As questões então passarão ao campo da moral e da religião. Os ressentimentos, as aflições e feridas emocionais causadas pelas ações delituosas raramente podem ser mitigadas.
Não resta a menor dúvida de que as cicatrizes da alma estarão sempre presentes e, saber conviver com essas dores, adaptar-se às ausências, cabe a cada um, aplicando tanto os ensinamentos religiosos quanto os da medicina.
Isso tudo, entretanto não nos faz deixar de crer na remissão dos pecados.