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Artigos-->Dando a mão à palmatória! -- 23/06/2009 - 11:11 (Carlos Claudinei Talli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Como a Copa das Confederações/2009 está chegando à sua grande final, nada como publicar novamente uma crônica escrita logo depois da final do mesmo torneio em 2005. Principalmente porque representou um marco nas disputas entre Brasil e Argentina. E, também, porque, 1 ano depois, desembocou num dos maiores ‘micos’ que este nosso pobre país rico pagou em todos os tempos, a pífia participação brasileira na Copa da Alemanha em 2006.



Dando a mão à palmatória

Carlos Claudinei Talli



Todos os leitores desta coluna já estão carecas de saber que eu não me identifico com o trabalho do treinador Parreira na seleção brasileira de futebol. Como pessoa, ele é ótimo, constituindo-se mesmo num belo exemplo de cidadania para as nossas crianças e jovens. Como técnico, é um excelente teórico.



Entretanto, após a sensacional exibição do nosso time diante da Argentina, na final da Copa das Confederações, eu, muito a contragosto, tenho que pôr as minhas barbas de molho. Mesmo porque essa talvez tenha sido, juntamente com as conquistas de 1958 e de 1970, uma das maiores vitórias do futebol-arte, aquele que encanta, arrebata e é gostoso de ver.



- E agora, como é que você fica? Seu idiota! Emitir opiniões polêmicas publicamente é um enorme risco. Você não sabia disso? Não podia ter ficado quieto? Em boca fechada não entra mosquito, seu imbecil!



Realmente, não me lembro de ter visto a nossa seleção jogar tão bem desde a Copa de 1982. E eu, que inúmeras vezes enalteci neste espaço aquele time do Telê Santana, comparando-o a uma orquestra sinfônica do futebol, tenho que reconhecer que essa seleção, que derrotou a Argentina por 4 x 1 na Alemanha, mostrou um futebol do mesmo quilate. E, ainda, ganhou!



E, pasmem, o atual técnico é o mesmo Carlos Alberto Parreira, freqüentemente, por mim aqui execrado.



Durma-se com um barulho destes.



E, de quebra, este é o momento certo para eu fazer mais um mea-culpa: antes do jogo contra a Alemanha, sentado com alguns amigos na frente de um telão, num aniversário da família, eu criticava com volúpia as condições técnicas do Imperador Adriano, principalmente quando um dos presentes ousou afirmar que já não precisávamos do futebol do Ronaldo – o Fenômeno -, pois o seu substituto era muito melhor. Só faltou eu partir pra agressão física, coisa que não é do meu temperamento. Mas, que o inoportuno ouviu, ah... como ouviu.



- Ô meu! Você já viu um centro avante da melhor seleção de futebol do mundo, do time pentacampeão do mundo, não saber chutar com os dois pés? Isso é inadmissível para qualquer centro avante de qualquer ‘timeco’ profissional, quanto mais para o centro avante do melhor time do mundo. E outra: o Ronaldo Fenômeno já ganhou praticamente sozinho a Copa de 2002, jogando com 60% das suas condições físicas, pois tinha ficado 2 anos sem jogar por causa do seu joelho. Ele continua sendo o melhor do mundo com um pé nas costas. O Adriano não pode nem amarrar a chuteira de um pé seu. E vamos parar de discutir...



E não é que minutos após esse meu destempero, o Imperador de Milão marcou 2 gols e sofreu um pênalti que também redundou em gol. Isso mesmo. Foi o responsável direto pelos nossos 3 gols!



Mas, voltando ao jogo contra a Argentina, acho que ‘los hermanos’ vão guardar na memória, para todo o sempre, a data desta quarta-feira fatídica. Para eles, é claro. 29 de junho de 2005. Esse foi o dia da nossa redenção e, ao mesmo tempo, do ‘Waterloo’ de ‘los hermanitos’. Parreira – olhem como eu mudei! – e seus comandados convidaram os argentinos para um baile, e a orquestra, durante 90’, só tocou pagode e samba. Nem uma ‘vezinha’ sequer um mísero ‘tanguito’.



Há aproximadamente 30 dias, em Buenos Ayres, tínhamos dançado tango durante 45’, e tomamos uma ‘piambada’ de 3 x 1. Agora, sambamos durante todos os 90’, fora os descontos, e enfiamos 4 x 1. Cobramos a fatura com juros e correção monetária. E olhem que o Parreira, nessa feliz ocasião, não estava acompanhado pelo Velho Lobo. Portanto, méritos totais pra ele.



E, mais uma vez de quebra, o Imperador acabou com o jogo, marcou novamente dois gols e foi considerado o melhor jogador do torneio. Agora, onde vou esconder a minha cabeça. Eu não posso dar uma de avestruz, pois isso é uma atitude pouco inteligente. Prefiro dar a mão à palmatória e reconhecer que estive errado por todos esses dois longos anos da coluna.



A não ser que na Copa do Mundo de 2006, infelizmente, Parreira e eu tenhamos uma recaída.



Em tempo (hoje, 23/06/2009): Desgraçadamente, tivemos! E foi aquele desastre...











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