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Artigos-->Grande Empresa versus Empresa Grande -- 27/06/2009 - 14:12 (Jefferson Cassiano) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




“Não são os grandes planos que dão certo. São os pequenos detalhes.” **





A maioria dos empregos no Brasil é gerada por pequenas empresas. São os pequenos empresários os verdadeiros responsáveis pelo progresso de nosso país. Essa realidade transforma o planejamento estratégico em obrigação social. Se são os pequenos que garantem uma base para o crescimento, nada mais necessário que o solidez dessa base. O ato de planejar estrategicamente dá mais força ao pequeno e, se não garante o sucesso, ao menos serve de instrumento para as necessárias correções numa economia sempre instável.

O planejamento das pequenas empresas, no entanto, é um bocado diferente daqueles documentos que encontramos sobre as mesas de diretores de empresas transnacionais. Não faria sentido dividir o ato de planejar o futuro de pequenas empresas em níveis que vão do planejamento corporativo ao plano de produtos ou de marketing. Toda empresa pede reflexões sobre ­a macro realidade, inclusive aquelas com faturamento limitado. Mas é a micro realidade que ameaça os menores a todo momento e de forma direta. O Planejamento para os pequenos deve aproximar os conceitos e definições intangíveis (missão, posicinamento) das ações práticas e claras. Mas antes de partir para o “mão na massa” pense um pouco sobre o dilema:“crescer ou não crescer, eis a questão”.

O pequeno precisa entender que sua missão não é, obrigatoriamente, crescer e ser o maior dos maiores. Qualquer um que afirme que todas as pequenas empresas serão grandes no futuro está contrariando todas as leis de mercado. Se todos forem grandes, onde estarão os consumidores para assimilar a oferta de tantos produtos e serviços? Em Marte? O ser humano quer sempre ser “the best” e confunde isso com ser “the biggest”. Na vida real, sempre vão existir os gigantes e os pequeninos. Então, se nossa vontade de trabalhar vem da ilusão de ser enorme, podemos nos preparar para grandes desilusões ou repensar nossa motivação.

Quando você era criança, parou para planejar o quanto queria crescer? Lá pelos sete anos, você estava sentado numa mesa de reunião com seus pais e irmãos, traçando estratégias e metas de crescimento por ano e definindo bench marks para controlar a velocidade e a qualidade desse crescimento? Creio que não. Mas você ainda se lembra da sua mãe insistindo: “Pode tratar de comer todo o espinafre, couve, quiabo, beterraba, meu amor!”. E você enfiando goela abaixo aquele mato sem sabor. Para que você comia, dormia, brincava, estudava? Para ter saúde e continuar vivo! Enquanto isso, o crescimento de seu corpo era consequência de fatores incontroláveis (genética, ambiente, Vila Sésamo...) e fatores mais ou menos controláveis (alimentação, exercícios físicos). Se estivéssemos preocupados com a quantidade, qualidade ou velocidade do crescimento, perderíamos o melhor da viagem.

Crescer deve ser uma consequência da atividade empresarial. Não é “quanto vou crescerei?”, mas “quanta saúde terei” o que importa. Coloque por terra a ideia de que o seu negócio só “dará certo” quando for EXTRA LARGE SUPER GG. Urgente é cuidar da saúde da sua empresa hoje, capacitando-a a viver no mercado que existe agora, e planejar sim. Sem a ilusão do crescimento, mas com a certeza da existência saudável que é fato quando se obtém respostas positivas a perguntas simples : você está feliz com o seu negócio? Seus clientes estão felizes? Sua equipe está feliz? Seus fornecedores estão felizes? A sua família está feliz?

Se todo mundo está feliz, it’ok to be ok! Essa deve ser a medida do sucesso de sua empresa. No momento em que você acreditar que o tal crescimento virá quando, como e se vier, o ato de planejar será menos traumático e menos frustrante. Sua empresa pode ser uma Grande Empresa sem ser uma Empresa Grande. Nos negócios, como em outras áreas, tamanho não é documento.



*Publicitário e professor de língua portuguesa. É pequeno empresário, com muito orgulho, há 14 anos.** A epígrafe é de Stephen Kanitz.
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