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Artigos-->Uma bela virada! -- 29/06/2009 - 12:06 (Carlos Claudinei Talli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Uma bela virada

Carlos Claudinei Talli



Foi um belo 2º tempo da Seleção Brasileira. E amainou um pouco aquela eterna suspeita de que, quando o nosso time recebe uma marcação intensa, com o adversário totalmente retrancado, praticando as já famosas duas linhas de quatro, não sabemos sair do enrosco.



Pois bem, com 2 x 0 a seu favor, os Estados Unidos obedeceram essa cartilha, mas, soubemos encontrar o antídoto e viramos o placar em 3 x 2.



Realmente no tempo inicial centralizamos em demasia o nosso jogo ofensivo e, quando descíamos pelos lados do campo, alçávamos cruzamentos da intermediária, pegando os zagueiros americanos sempre de frente pra bola. O nosso lateral direito Maicon usou e abusou desse expediente. Ele chegou apenas uma vez à linha de fundo, e quase marcou, como é seu costume, um gol praticamente sem ângulo. Foi a única ‘vezinha’...



Nos vestiários, o nosso técnico deve ter se lembrado daquela máxima que eternizou o saudoso Don Ernesto Filpo Nunes, treinador da 1ª academia do Palmeiras, que no seu portunhol carcacterístico dizia mais ou menos assim: ‘En fútbol el juego se gana por las puntas’. E não deu outra. Parecia outro time. Principalmente através de Kaká, o melhor da partida e do torneio, juntamente com o Lúcio e o Luís Fabiano.



E eu tenho a impressão de que foi a vitória na medida certa, sem aquela badalação dos 4 x 1 da final de quatro anos atrás contra a Argentina. Lembram-se? Talvez, por isso, não deveremos correr o risco de a vitória nos subir à cabeça. E parece que o Dunga não é chegado a muita badalação. Só se estivermos enganados, mas o circo que foi aquela preparação para a Copa da Alemanha dificilmente se repetirá. A menos que eu queime a língua...



Mesmo em alguns jogos das atuais eliminatórias para a Copa da África do Sul, principalmente em partidas no Brasil, contra Bolívia e Colombia, tínhamos apresentado uma dificuldade enorme em superar retrancas. Foram dois 0 x 0 chochos e sem qualquer criatividade da nossa parte.



Nesta Copa das Confederações, contra os donos da casa, a África do Sul, voltamos a mostrar a mesma ineficiência, e fomos salvos por aquele gol de falta do Daniel Alves, há dois minutos do final.



Por isso a importância desta virada pra cima dos americanos. Saímos de um 0 x 2 surpreendente, nos arrumamos no intervalo e, graças especialmente à grande atuação do Kaká, que chamou para si a responsabilidade do jogo, e começou a chegar até a linha de fundo pela esquerda, conseguimos a grande virada. Mas, tirando o Kaká, nenhum outro jogador levou a sério aquelas recomendações de Don Ernesto Filpo Nunes. Nem o Robinho, nem o Ramires, nem o Maicon, nem o André Santos, nem o Elano , nem o Daniel Alves. Esse último tem o desconto por ter sido improvisado como ala esquerdo, sendo destro. Ele nunca havia treinado antes na posição. Mas os outros...



Agora, uma coisa saltou aos olhos: o Daniel Alves e o Elano não podem ficar fora do time. Além de ambos terem um excelente passe, têm uma bola parada excepcional. E no futebol de hoje, geralmente, a bola parada decide a maioria dos jogos. E não foi diferente desta vez. O escanteio cobrado pelo Elano ‘com a mão’ novamente fez a diferença. Como já fizera em alguns gols de cabeça do Juan, naquele cruzamento do Daniel Alves para o Robinho marcar contra o Paraguai em Recife. E contra o.... E contra o ... etc.



Pra encerrar, não custa lembrar a falta de cobertura na nossa defesa no 1º tempo. Os nossos dois zagueiros quase sempre foram deixados no mano a mano com os dois atacantes americanos. E naquele contra-ataque do 2º gol então..



Neste momento surgiu em minha mente uma pergunta que não quer se calar: o nosso meio de campo não se recomporia melhor se fosse formado por Felipe Melo, Ramires, Elano e Kaká?



E para que esta conquista não suba à nossa cabeça, nos próximos dias publicarei alguns artigos que foram escritos na véspera e durante a Copa da Alemanha em 2006, só para mostrar o circo que foi aquela preparação...



Naquele mundial jogamos com dois laterais que já tinham dobrado o Cabo da Boa Esperança, e com dois postes que pesavam quase um quarto de tonelada. Vocês se lembram?

Sempre é bom lembrar!



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