Estou muito zangada com você!
Nas consultas de análise, nunca me diagnosticou "complexo de superioridade".
Puxa... E eu que pensei que era superior, sem precisar mostrar nada pra ninguém, doutor...
Adoro-me, do jeito que sou. Será narcisismo?
Lembra a piedade que me inspiravam as pessoas patéticas, não lembra?
Pois é.
Mas nem essa piedade estou conseguindo sentir. É tão gratificante ser má! Uau!
Ei, Freud! Apenas um lembrete,
seu cara-de-pau:
Seu último texto está com menos erros. Nota-se bem que alguém o escreveu para você. Mas, meu caro esculápio (será escularápio?), alerte a esse "redator" que ainda há erros meio chatinhos. Vou citar apenas um deles, tá? E já estou fazendo muito!
O VOCÁBULO "PORQUE", QUANDO EM FINAL DE FRASE, ESCREVE-SE SEPARADO E COM ACENTO CIRCUNFLEXO:
- Você não foi à missa hoje e levará um esculacho do padre.
- Sabe por quê?
- Não?
- Nem eu!
Ah, Freud! Eu também tenho de aprender a ser "civilizada" e parar com esse "prazer mórbido" de irritar os que são "mordidos", fazendo correções de seus textos e mostrando pra todo mundo os pequenos assassinatos que esses inocentes seres cometem contra
a "Língua Mater Dolorosa"... Tadinha!
Qualquer dia, nosso tão meigo idioma vai aparecer por aí, num canto qualquer, todo retalhado e morto, pelos viciados nas drogas da linguagem vulgar, que trafegam nos altos escalões das letras.
E os barbarismos, Freud?
Esses, perde-se a conta...
Por hoje é só.
Milene,
contrita, snift... Nem vou dormir... Já imaginou quando eu for "colher as sementes"?