Usina de Letras
Usina de Letras
18 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62275 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22539)

Discursos (3239)

Ensaios - (10382)

Erótico (13574)

Frases (50664)

Humor (20039)

Infantil (5454)

Infanto Juvenil (4778)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140817)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6206)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->A bomba relógio! -- 30/06/2009 - 10:38 (Carlos Claudinei Talli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O artigo a seguir foi publicado neste espaço em 25/05/2005 e, embora estejamos otimistas em relação à participação da nossa seleção na próxima Copa do Mundo, achamos que deva ser divulgado novamente. Há um ano de mais um mundial, não custa nada reiterar que ‘cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém’. Principalmente depois da surpresa americana em cima da Espanha na última quarta-feira, 24/06/2009, e dos jogos complicados do Brasil contra a África do Sul e os Estados Unidos.



A bomba relógio

Carlos Claudinei Talli



Em janeiro de 2004, no Pré-Olímpico do Peru, com um time muito superior aos adversários, contando com uma das melhores safras de jogadores jovens da história do futebol brasileiro e jogando de uma maneira irreconhecível, fomos desclassificados pelo modesto time do Paraguai, e não fomos às Olimpíadas de Atenas.



Já em dezembro do mesmo ano, foi a vez da nossa badalada seleção brasileira de Futsal, formada pelos melhores jogadores do planeta, ‘e talvez da galáxia’, ser derrotada por uma Espanha muito inferior tecnicamente. E pela 2ª vez consecutiva saímos sem conquistar o título mundial.



Agora, na praia de Copacabana, o nosso fabuloso time de Futebol de Praia, 9 vezes campeão do mundo, e mais uma vez favoritíssimo à conquista do título, se viu alijado da final por um Portugal apenas esforçado e competitivo.



Somente coincidências? Ou existe uma causa por trás dessas inesperadas derrotas?



Apenas uma constatação: embora estejamos colocando no mesmo balaio três esportes diferentes, podemos enxergar o mesmo padrão de comportamento. Uma absurda falta de humildade, um preciosismo exagerado, e uma ausência completa de liderança!



E nos três casos, mais um fator complicador: um oba-oba da imprensa esportiva, que enaltecia a nossa superioridade e os gols antológicos feitos nas fases iniciais das competições, contra adversários medíocres que não ofereciam qualquer resistência.



Vocês se lembram do gol do Maicon contra não sei quem no Pré-Olímpico, das lambretas do Falcão e outros que tais em Taiwan e das bicicletas e outras mirabolantes jogadas do Jorginho e do Nenê em Copacabana? E do exuberante preparo físico do Romário, que foi escalado apenas para melhorar o marketing do torneio, porque o time achava por que achava que ganharia como e quando bem entendesse?



E, nos três desastres, uma ocorrência ainda mais importante: quando surgiram as dificuldades inerentes à própria disputa, e as três seleções perceberam que do outro lado existia um outro time que precisava ser vencido, se apequenaram e não conseguiram esboçar qualquer reação!



Essa última postura mostra que as três seleções já se consideravam campeãs antes mesmo do início de cada torneio. Pura prepotência! E, ainda, que os grupos estavam desunidos e que não havia nenhuma liderança que se impusesse nos momentos mais difíceis. Tanto dentro como fora dos campos de disputa.



Vocês se lembram do que disse o falastrão Falcão após a derrota em Taiwan? Da briga surda entre o seu enorme ego e o do Manuel Tobias?



Eu estou fazendo essas colocações de propósito, porque estamos chegando perto da próxima Copa do Mundo de Futebol, na Alemanha.



E eu o faço simplesmente porque enxergo na nossa seleção brasileira de futebol, comandada pelo técnico Parreira e pelo vitorioso Zagallo, o mesmo caldo de cultura que esteve presente nesses três desastres recentes da nossa história esportiva.



Os mesmos ingredientes saltam aos olhos: um favoritismo arrogante apregoado aos quatro cantos pela mídia em geral e, na entrevista da última convocação, inclusive pelo nosso treinador, incompatível com o futebol até agora apresentado; uma falta de humildade irritante que chega às raias do desrespeito; um virtuosismo bonito de se ver, porém, que nos induz a achar que vamos ser campeões como e quando bem entendermos; e, mais importante que tudo, a ausência completa de lideranças, tanto dentro como fora das quatro linhas.



Se uma grande dificuldade aparecer, Deus nos acuda!



Ainda dá tempo de desligarmos a bomba relógio que está programada para explodir em plena Copa do Mundo da Alemanha, em julho de 2006. Basta ter vontade política. Mas como isso é difícil, neste nosso pobre país rico!



Mais uma vez, ‘quem avisa amigo é!’





Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui