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Artigos-->A cólera dos silenciosos -- 30/06/2009 - 10:53 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A CÓLERA DOS SILENCIOSOS



Ternuma Regional Brasília



Gen Ex ALM Paiva Chaves



CRÔNICA 6 (10 Jun 2009)



Sucedem-se as denúncias, em fluxo ininterrupto. Gerados nos próprios órgãos que existem para administrar o país, com recursos advindos dos impostos que recolhemos, são diariamente veiculadas pelos meios de comunicação de massa. E não ocorrem explicações ou justificativas convincentes. Pior, não ocorrem providências para secar as fontes de descalabros.



É dispensável repetir, para quem se mantém minimamente atualizado, as irregularidades havidas no Senado Federal, em benefício de senadores, de seus familiares e apaniguados, dos servidores do órgão e de empresas contratadas para prestação de serviços.



E nós, que sustentamos as bandalheiras com nosso dinheiro, silenciosos. Coléricos, pelo esbulho de que somos vítimas, mas silenciosos ou, no máximo, externando nossa cólera em rodas de conversa. Poderíamos questionar os responsáveis, mas não o fazemos. Poderíamos aplaudir as reportagens e as denúncias, mas não sacudimos nosso comodismo.



Pouquíssimos, em percentual infinitesimal, mostram que é possível reagir. Dois advogados do RS movem ação pública contra o pagamento de horas extra a funcionários do Senado durante o recesso parlamentar. Um paciente e meticuloso internauta acessa o site do INSS e constata que os anistiados políticos recebem pagamento integral dos benefícios financeiros que o Governo lhes concede, sem desconto de imposto de renda. Isso, a começar pelo Presidente da República, que, dessa fonte, aufere quase cinco mil reais mensais.



É possível romper o silêncio para extravasar nossa cólera.



No Irã, em uma democracia ainda adolescente, administrada em última instância por um conselho de religiosos e pelo aiatolá supremo, multidões vão às ruas para protestar contra resultados viciados nas eleições presidenciais. Enfrentam a polícia e a sanguinária milícia Sepah Basij. Mortos e feridos, em números que os situacionistas escondem. Desobediência ostensiva a Khamenei, que determinara a proibição das passeatas. É ainda imprevisível o resultado dessa rebelião de massas. Na China, as manifestações contra o regime, que tiveram como fulcro a Praça da Paz Celestial, só resultaram em mortes, prisões e condenações. Que ocorrerá no Irã?



Em nosso país, não é hora de ir às ruas. Temos um regime democrático consolidado, com os três poderes investidos de sua autoridade. Temos uma imprensa livre e atuante, que investiga e denuncia. Temos um Ministério Público independente, que apura denúncias e move ação contra os indiciados. Mas não basta. Todas essas estruturas representam o povo. Existem para servi-lo. Não há empregador que não fiscalize seu empregado, a ver se ao dispêndio em mantê-lo corresponde o serviço que presta.



O exercício da cidadania impõe a responsabilidade de fiscalizar órgãos e indivíduos que são pagos por nós para servir. Não existem para se locupletarem com benefícios auferidos por artimanhas. São nossos servidores. Temos a obrigação cidadã de extravasar nossa cólera contra os maus servidores, denunciando-os pelos meios que estão a nosso alcance. E este, que aqui está sendo utilizado, é um deles. A internet





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