Trata-se duma questão de coerência para o governo federal resolver na forma da lei, todos os delitos descobertos sob a presidência de José Sarney no Senado brasileiro.
Lula não ficará impune se não agir de acordo com o que preconiza o ordenamento jurídico. Ele sabe que a descoberta desse filão riquíssimo de injustiça social pode valer-lhe dividendos políticos positivos, bem como suscitar uma onda de má vontade e contrariedade desencadeada por todos os envolvidos.
Então, diante da perspectiva de um sucessor na direção do Brasil, o petista tão popular quanto Getúlio Vargas, poderá tomar dois caminhos que seriam tanto o que o levaria a aplicar as regras jurídicas, quanto o do abafamento do caso.
Será que o futuro político do PT se comprometeria com qualquer das decisões do presidente? É claro que diante de um possível revés podem atribuir o fracasso à decisão assumida por ele.
Na verdade a descoberta desse veio de desequilíbrio social, dessa ferida que carreia para si, de forma indevida, a nutrição de outrem, pouco pesará no resultado final das eleições presidenciais.
O que estará na consciência dos eleitores do PT e do Lula serão a coerência e a justeza na aplicação das normas vigentes. Mas será que o povo quer mesmo ver tudo correto, o direito aplicado, e ter a certeza de que ainda existem políticos que se prezam em fazer as coisas certas?
Não somos daqueles que crêem na assertiva de que se persistirem os tais sintomas da corrupção explícita, o exército deve ser consultado. Afinal, conversando tudo pode se resolver.