QUEM FOI MAZARINO
Giulio Raimondo Mazarino nasceu na Itália, dia 14 de julho de 1602, na província de Pescina. Foi filho de Pietro Mazarini, um siciliano intendente da Casa de Filipo Collona.
O jovem Mazarino estudou no colégio dos jesuítas, na Roma do século XVII e mais tarde iniciou seus estudos de Direito em Alcal , na Espanha e depois em Madri.
Regressou a Roma somente em 1624, ingressando com 22 anos a serviço militar do Papa, como capitao-tenente, sendo longo enviado para Valtelina.
Com apenas 28 anos participa da negociação da guerra pela sucessão de Mântua, como conselheiro do então Cardeal Antonio Barberini. Ainda em 1930 conhece Armand Jean du Plessis, o famoso Cardeal Richelieu, de quem torna-se amigo pessoal, o que era raro. No entanto, as negociações foram um fracasso, e em julho do mesmo ano Mântua cai.
Em 1631 participou ativamente das negociações do tratado de Cherasco, e no ano seguinte do tratado de Turim, logo depois sendo enviado a Paris pelo papa, onde recebe o título de Monsenhor, embora Mazarino nunca tenha sido ordenado.
Com 32 anos já era considerado um intelectual de sua época, e em virtude de seus dotes diplomáticos, a Santa Sé o nomeia vice-legado em Avignon. Seus talentos foram logo notados pelo Cardeal Richelieu, que tornou-se mentor intelectual de Mazarino, indicando-o em 1635 para núncio papal em Paris.
Mazarino ingressou na política francesa pela influência do Cardeal Richelieu, que em 1636 convida-o para trabalhar a serviçoo do rei Luis XIII. Italiano de nascimento, Mararino só conseguiu alcançar sua cidadania francesa em 1639, quando passa a ser chamado oficialmente de Jules Mazarin, seu nome francês.
Cada vez mais Jules Mazarin passa a servir de intermediário entre o Cardeal Richelieu e o reino da França. Seu mentor convence o papa a nomear Mazarin cardeal, e em 1942 Mazarino recebe o chapéu cardinalício, passando a ser conhecido como Cardeal Mazarin, nome com o qual Mazarino entrou para a história.
Nesta época o já Cardeal Marazin exerce intensa atividade diplomática a serviço de Luis XII, negociando o acordo com Savóia, onde convence o duque de Bovillon a ceder Sedan.
Para sua tristeza, no mesmo ano em que foi nomeado Cardeal, morre seu mentor, o Cardeal Richelieu, entao primeiro-ministro da França. Mazarin era o candidato natural à vaga de primeiro-ministro. Louvado pelo rei e temido pela corte, o Cardeal Mazarin assumiu o posto em 1643, dando continuidade ao programa político de seu falecido mentor Richelieu, logo envolvendo-se com a política externa.
Em 14 de maio do mesmo ano, Luis XVII morreu de tuberculose. Mas o falecido rei e a rainha Ana já haviam tomado precauções políticas em relação ao sucessor, pois seu herdeiro (o jovem Luis XIV) só tinha 5 anos. O rei havia enviado uma carta ao Parlamento, para ser aberta após sua morte, onde impedia a sucessão por seu irmão Gastão, ou pelo príncipe Henrique II, estabelecendo como regente sua esposa e rainha Ana, até que seu filho completasse 13 anos.
Com a morte do rei e marido, Ana da Austria assumiu a regência da França, em nome de seu filho Luis. Durante a regência que se estenderia por 8 anos, Ana confiou todos os assuntos do Estado a seu principal conselheiro e confidente, o primeiro-ministro Jules Mazarin, Cardeal do Papa na França e ex-diplomata de origem italiana.
Assim, o Cardeal Mazarino governou a França até 1651, quando já havia treinado o jovem Luis XIV, que ficaria conhecido como o "Rei-Sol".
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