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Artigos-->O futebol mais europeu do mundo! -- 08/07/2009 - 12:32 (Carlos Claudinei Talli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Na seqüência de artigos escritos pouco antes e durante a funesta, para nós brasileiros, Copa do Mundo da Alemanha, aí vai mais um. O objetivo desses textos é chamar a atenção para o perigo da soberba no nosso comportamento. Principalmente após mais uma conquista da Copa das Confederações na África do Sul, e depois do salto alto mostrado pela ex-favorita Espanha no mesmo torneio. Em 2006, fizemos a mesma coisa. E queremos deixar claro que a nossa análise, expressa nesses artigos, não tem nada a ver com o ser humano Carlos Alberto Parreira, uma pessoa honesta, competente e extremamente trabalhadora, um verdadeiro exemplo de cidadania para todas as nossas crianças e jovens. As nossas ponderações levam em conta tão somente os conceitos do técnico de futebol Parreira, que sempre representaram a antítese do que nós consideramos o bom futebol, o jogo bem jogado. Apenas isso.



O futebol mais europeu do mundo

Carlos Claudinei Talli



E eu que antes da Copa estava preocupado com o sapato alto da seleção brasileira, por causa do favoritismo exagerado. Pois bem, para nossa surpresa, o nosso time resolveu usar sandálias de monge franciscano. O voto de humildade foi tão grande que estamos jogando o mais puro futebol europeu do mundo. Façanha inédita! Conseguimos nos tornar mais europeus que os próprios europeus.



Mas estamos ganhando. E como o nosso técnico já falou que ‘Show é ganhar. Show não é jogar bonito’ e que ‘A história não fala de jogo bonito. A história fala de campeões’, ‘acho’ que estamos no caminho certo.



Entretanto, eu, aqui, bem junto dos meus botões, e falando bem baixinho, acredito que esse comportamento exageradamente humilde é apenas um disfarce engana trouxa.



A nossa seleção está parecendo aquele cavalo campeão que o jóquei segura até a reta de chegada, ou a potente Ferrari em que o motorista esqueceu de soltar o breque de mão. Mas, só existe um problema quando se toma essa atitude: o cavalo pode perder o passo e não responder na hora da atropelada final, e o carrão pode fundir o motor. Se isso acontecer, ‘Inês será morta’.



No entanto, não devemos nos preocupar, porque o nosso jóquei, digo, o nosso motorista, digo, o nosso técnico, conhece o futebol europeu com a palma da mão. E como nós estamos jogando a ‘la européia’, não vai ter problema.



Felizmente, apesar de o nosso treinador nos ter tirado a nossa magia e a nossa alegria de jogar, ele não conseguiu acabar com o nosso faro de gol. O nosso aproveitamento continua o mesmo. Principalmente pela presença no nosso ataque do ‘el gordito’ Ronaldo. Curioso, exatamente aquele que há uma semana todos queriam banir do time. Pra desprazer dos seus desafetos, ele já bateu o recorde do Gerd Muller, e se transformou no maior artilheiro na história das Copas do Mundo. Eu bem que tinha avisado: não mexam com ele. E isso tudo, apesar do Adriano...



Falando nisso, o Imperador Adriano continua a atazanar a nossa paciência, jogando uma bolinha, ou melhor, uma quadradinha desse tamanhinho. Eu já lembrei anteriormente que a nossa seleção, por excesso de humildade, está usando sandálias de monge franciscano. Agora, se o Adriano continuar no time, nós, torcedores, que não temos nada a ver com isso, teremos de desenvolver uma verdadeira ‘paciência de Jó’.



Uma coisa nos surpreendeu nas oitavas-de-final: houve uma queda generalizada de produção. Apenas a Alemanha continuou apresentando uma evolução consistente. Passou pela Suécia, que anteriormente se mostrara uma defesa forte, atropelando. Se continuar assim, deverá ser uma das finalistas. Mesmo a Argentina, que encantara naquele jogo contra a Sérvia e Montenegro, suou sangue para superar o irregular México na prorrogação. Já a França, que será o nosso próximo adversário, melhorou o seu rendimento, mas é um time envelhecido que cai de ritmo no segundo tempo. Aliás, quando ela parecia morta contra a Espanha, conseguiu o seu segundo gol numa bola parada, e, aí, o time espanhol, só pra manter a escrita, entrou em pane. A Itália precisou da ajuda do juiz para sair de um sufoco imenso frente à Austrália. Mas deverá chegar às semifinais. Portugal, a ‘la Felipão’, com muita raça e pouco futebol, também deve passar. Principalmente porque a Inglaterra continua ‘bonitinha, mas ordinária’... Suíça e Ucrânia fizeram o pior jogo do torneio, e nem merecem comentários.



Pra encerrar, eu, que advogava várias mudanças no nosso time, já estou conformado com apenas uma: Robinho no lugar do Adriano. Nessa Copa meia-boca da Alemanha, em que prepondera o enfadonho futebol de resultados, e que certamente não deixará saudades, talvez só a entrada do Robinho seja suficiente.



Afinal, depois deste mundial em que ‘Show é ganhar. Show não é jogar bonito’ e em que ‘A história não fala de jogo bonito. A história fala de campeões’, fatalmente teremos que nos esquecer do futebol bonito da Hungria de 1954, da Holanda de 1974 e do Brasil de 1982.



Parreira falou? Tá falado!











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