Me despeço,
amor,
dos meus versos
- aqueles que foram
só seus -
Estou triste,
meio morta,
em torpor...
Mas que importa
se nada mais existe
e a poesia se perdeu?
Esquecer você,
amor,
vai ser difícil,
já que me dei
como a ninguém.
Desnudei minha alma,
abri meu coração,
expuz minhas feridas,
me fiz de morta
à tua indiferença.
Até tentei,
amor,
recomeçar
e apostar nessa paixão,
mas foi em vão.
Dei murro
em ponta de faca,
só me machuquei.
Sangrei até secar...
Por mais que eu faça,
que grite,
te chame,
você disfarça
e arruma uma desculpa.
Vou dormir,
amor,
nos braços de Morpheu,
cair em transe
e descansar
de minha luta
obstinada por você.
Só assim vou suportar
a sua falta
e não terei chance
de uma nova recaída,
que sei, virá.
Meu amor,
é o fim,
não tem saída...
não há lugar para mim
na sua vida.
Me despeço,
amor,
dos meus versos
- aqueles que foram
só seus -
e do muito que te quis.
Seja feliz,
meu louco amor.
Fique com Deus...
adeus.
http://www.poesiailustrada.hpg.com.br
http://almadepoeta.weblogger.com.br
|