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Poesias-->Despedida -- 22/10/2002 - 18:28 (Valéria Tarelho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Me despeço,

amor,

dos meus versos

- aqueles que foram

só seus -

Estou triste,

meio morta,

em torpor...

Mas que importa

se nada mais existe

e a poesia se perdeu?

Esquecer você,

amor,

vai ser difícil,

já que me dei

como a ninguém.

Desnudei minha alma,

abri meu coração,

expuz minhas feridas,

me fiz de morta

à tua indiferença.

Até tentei,

amor,

recomeçar

e apostar nessa paixão,

mas foi em vão.

Dei murro

em ponta de faca,

só me machuquei.

Sangrei até secar...

Por mais que eu faça,

que grite,

te chame,

você disfarça

e arruma uma desculpa.

Vou dormir,

amor,

nos braços de Morpheu,

cair em transe

e descansar

de minha luta

obstinada por você.

Só assim vou suportar

a sua falta

e não terei chance

de uma nova recaída,

que sei, virá.

Meu amor,

é o fim,

não tem saída...

não há lugar para mim

na sua vida.

Me despeço,

amor,

dos meus versos

- aqueles que foram

só seus -

e do muito que te quis.

Seja feliz,

meu louco amor.

Fique com Deus...

adeus.





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