Usina de Letras
Usina de Letras
189 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62152 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10448)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10339)

Erótico (13567)

Frases (50554)

Humor (20023)

Infantil (5418)

Infanto Juvenil (4750)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140785)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6176)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
cronicas-->Torrente -- 30/05/2000 - 08:16 (Amélia Alves) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

De repente te descubro, Paraíba, arrastando-te lànguido, espraiando-te de amor com a terra que te serve de leito aqui.

Aqui te encontro amante de cais e cidade toda lavando-se a seus pés, recebendo-te porque és água, assim como sou ruído,riso, rio e calma presença plena de turbulências interiores e movimentos de onda sem mar nem porque.

Porque te vejo (escuto) vivo de direções, carregado de alma, corpo e espaço, e também, sou cidade buscando berço e sobrevivo magicamente em similaridade contigo, que és coisa que pede, provoca, incita à permanência de te beber com olhos e até me leva a agradecer, banhada em humildade, o beijo que plantas, dia e noite, margem a margem, porque és água, e como água que és, entendo-te como dádiva, e te amo.

Te amo, tensa, diante de tua realidade-água.

Líquida de horizontes, sem navios, nem pranchas, nem barco, nem lanchas, embarco num pé-de-vento. Sou vento vendendo-se em porções ilimitadas de ares, parado ante a claridae, morto de medo da morte maior, que é a falta de esvair-me nessa fluidez primitiva que me põe rio.

E rio, diante da lentidão turbulenta das águas, eu-fio, mas fiapo de existência, porque me dei mais simplesmente a ser cidade e quase me esquecia de quando planície e carinho, como também, da amplidão dos claros selvagens campos de cana de onde brotei fluido. Mas ainda lanço corpo, levo águas, me lavo de invenções de vida.

Do livro "Vácuo e Paisagem"_ poesia e prosa poética.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui