FOLHAS DE PAPEL
O meu sentimento não é novidade,
Eu queria expressar-te a paixão que sinto.
Contigo precisava desabafar,
Esta angustia de te amar.
Nunca conseguiste perceber,
Ou então, não ligaste a essa afeição,
Que há muito nutro por ti
E ainda agora não esqueci.
Quando olho para ti,
O que é tu vês?
Talvez não vês nada,
E, eu sentia-te minha amada.
Em folhas de papel,
Escrevo os meus sentimentos,
Os mais tristes e angustiantes,
Mas também os mais marcantes.
O fado persiste em seguir-me,
Não sabes o quanto me és especial,
Talvez é uma enorme asneira,
Amar-te desta maneira.
Esta é a minha maneira de amar,
Mas tu nunca me irias compreender,
A dor continuará dentro de mim,
Porque terei que sofrer assim?
Só as folhas de papel entenderão,
Este sentimento de afecto.
Eu não quero macular a tua alma,
Que não me tem dado calma.
Que amor tão severo o teu,
Que maneira triste de ser amado.
Esse teu amor, queria-o demais
E, a ele não tive jamais.
Não sabes como és preciosa,
Queria-te somente para mim,
Queria levar-te para um lugar,
Onde te pudesse amar.
As minhas palavras foram fúteis,
Escrevi o que sentia a minha alma,
Mas eu não consegui demover-te
E por isso continuarei a escrever-te.
Estas folhas de papel,
São as provas do meu amor por ti,
O teu coração não me ligou mais,
Talvez um dia, seja tarde demais.
Teixeira da Rocha
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