Amigo conterrâneo
Venho te agradecer
A sua boa vontade
De meus textos ler
Recebo com emoção
Os elogios do irmão
E dou o meu parecer.
O cego é sempre aquele
Que não quer enxergar
Pois os órgãos visuais
Quando deixa de funcionar,
Aparece outra visão
São os olhos do coração
Que as belezas vão contemplar.
Os ouvidos são aguçados
Que ouve uma folha cair
Coisas que com os olhos
Não poderia sentir
Os olhos do coração
Enxerga noutra dimensão
Não compare com esta aqui.
Tanta gente neste mundo
Que tem sua visão
Mas não sabe enxergar
Tudo em volta é escuridão
Quando está no poder
Só ele é que quer ver
Tudo em volta do seu chão.
Veja quem tem olhos para ver
Assim nos disse Jesus
No entanto muita gente
Ainda não enxergou esta luz
Pois procura o que não vê
Tendo fé sem saber porquê
Alguém é quem lhe conduz.
Por isso amigo Luís
O cego vê muito mais
Nós que temos a visão
Não enxergamos jamais
As belezas da natureza
Ele vê com certeza
Elas não são materiais.
Ouvi um cego dizer
Para eu poder enxergar
Gostaria que os olhos
Da minha mãe tivesse cá
Minha mãe era meu guia
No meu mundo tudo eu via
Seu olhar era o meu olhar.
Caro conterrâneo Luís, agradeço de coração por ler os meus trabalhos, moro no extremo sul da Bahia e Itanhém é a cidade onde moro.
Estou sempre as suas ordens caso precise.