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Artigos-->Que comam brioches! -- 27/07/2009 - 14:58 (Carlos Claudinei Talli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Que comam brioches!

Carlos Claudinei Talli



Finalmente um dirigente do futebol brasileiro abriu o jogo. Curto e grosso. Estou falando do presidente do Corinthians, Andrés Sanches. Extremamente chateado com a imprensa esportiva, que está chamando de ‘desmanche’ o que está ocorrendo no Timão, ele se mostrou sincero e verdadeiro.



Num programa de TV, uma mesa redonda, ele disse que no futebol brasileiro atual, quer a gente queira ou não reconhecer, existe uma relação bilateral entre clube e jogador. Quando aparece uma boa proposta para ambas as partes, e o atleta acha que está na hora de sair, o clube não tem outra escolha. Se a venda não acontecer, fatalmente o rendimento do atleta cairá.

Além disso, ele insistiu em que o plantel de um clube vive de ciclos, e que o ciclo deste Corinthians atual se encerrou com a conquista da Copa do Brasil. Que os objetivos foram alcançados. E ele durou 1 ano e meio, com a subida para a série A e com as conquistas do Paulistão e da Copa do Brasil. E que todo clube brasileiro que consegue conquistas chama a atenção dos compradores e provoca a valorização dos seus jogadores. E que esse é o preço do sucesso. E que a diretoria do Corinthians está sendo massacrada pela mídia e pela torcida justamente pelo sucesso conseguido.



É, caros leitores, o pior é que ele tem lá as suas razões. Podemos discordar de uma ou outra colocação, mas, no geral, ele está certo. A queda de rendimento do atleta quando o clube dificulta a sua saída acontece desde os tempos do Kaká e do Luís Fabiano no São Paulo. Vocês se lembram? E o jogador não tem culpa alguma. Ele é apenas um ser humano com sonhos e necessidades. No nosso mundo de hoje – o do capitalismo selvagem e do consumismo exacerbado -, o dinheiro sempre fala mais alto. E a desconsideração também. E se o atleta não for vendido e sofrer uma séria contusão? Ou sofrer um acidente? Vocês se lembram do Dener da Portuguesa e do Vasco? Agora a coisa está ainda pior.



O jogador de futebol, nos dias atuais, vale enquanto produz. Ninguém se lembra dele na hora ruim. Ele pode ser descartado a qualquer momento. Rei morto, rei posto. Será que qualquer um de nós teria um comportamento diferente?



Há algum tempo atrás, eu considerei o Ernanes do São Paulo um fora de série. Cheguei até mesmo a prognosticar uma evolução que poderia levá-lo a um patamar de um Falcão ou de um jogador do mesmo nível, tal o potencial mostrado no ano passado. Pois bem. O que ele rendeu neste ano? Não parece que desaprendeu a jogar? Até alguns dias eu achava que a sua queda de rendimento fosse conseqüência da mudança de posição em campo. Ele nunca teve cacoete de meia-armador, pois precisa de espaço para jogar. Mas, como segundo volante, das enfiadas de bola, das viradas de jogo, que baita potencial. Agora, parece que a ficha caiu. Será que não é um caso semelhante ao do Kaká e do Luís Fabiano? Será que não passou a hora de ele ser vendido? Será que o momento exato não foi no final do ano passado, após a terceira conquista do Brasileirão, quando foi considerado o melhor do campeonato?



Não sei não. Uma pulga atrás da minha orelha direita me diz que talvez o Andrés Sanches esteja com a razão. Eu só não concordo com o ciclo de um ano e meio. Um plantel precisa de 2 a 3 anos para se transformar em time de futebol. Menos que isso, é muito pouco! Discordo também da venda em massa. Há anos, apesar do êxodo acentuado, em nenhum clube brasileiro aconteceu isso.



E mais uma vez salta aos olhos que o Wanderlei Luxemburgo fez o diagnostico certo. Os nossos ex-grandes clubes se transformaram, quer queiramos ou não, em simples ‘barrigas de aluguel’ para os empresários de jogador e para as parcerias tipo MSI ou Trafic.



E os torcedores? Ah! Os torcedores? Ora, `eles que comam brioches’!



Em tempo: O Ramires já tinha sido vendido. O Cristian, o André Santos e o Nilmar também já foram. O Douglas está bem encaminhado. Estão falando em Chicão, Elias, Douglas e Dentinho. E quem vai segurar o Kléber do Cruzeiro, o Diego Tardelli do Atlético Mineiro, o Tison do Inter, etc. Até 31 de agosto, certamente não sobrará pedra sobre pedra. E nós, como verdadeiras ‘hienas do futebol’, após a rapinagem costumeira, ficaremos com as migalhas de sempre...



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