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Artigos-->Esquecer é permitir. Lembrar é combater -- 27/07/2009 - 19:17 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Passamos por tempos tensos, bastantes difíceis mesmo. Creio que isso não tenha sido novidade também para as pessoas das outras eras, de outras épocas e lugares. Porém tanto nos dias atuais, como nos dias passados, existem e existiram diversas formas de aliviar-se das angústias.

Alguns preferem os bares, onde na companhia dos amigos livram-se das “neuras” e maus humores. Outros preferem passar horas divagando sobre tolices sem a preocupação com o futuro ou atividade responsável.

Muitos se utilizam das drogas, para em bacanais, descontarem e abusarem de crianças indefesas, mas que podem suportar a agressividade louca dos insanos impunes.

Por falar em violência contra crianças indefesas veio-me à memória um caso muito conhecido no Brasil, ocorrido em Vitória, no Espírito Santo em meados da década de 70.

Trata-se do crime contra Araceli Cabrera Crespo, de 8 anos, que desapareceu no dia 18 de maio de 1973, quando regressava do Colégio São Pedro, para a sua residência, em Vitória.

Ela trajava vestido azul com blusa de manga, tendo as iniciais SP grafadas em vermelho. Seu pai, Gabriel Sanches Crespo, pensando tratar-se de seqüestro, distribuiu fotografias da filha aos jornais, com o anúncio.

No dia 24 de maio o corpo de Araceli, nu e desfigurado com ácido, foi encontrado em um terreno baldio, junto ao Hospital Infantil de Vitória.

Segundo os jornais os suspeitos do crime eram Paulo Helai e Dante de Brito Michelini, jovens membros da alta sociedade capixaba, conhecidos por promoverem festas nos seus apartamentos, na Praia do Canto, num local conhecido como Jardim dos Anjos onde drogavam e violentavam meninas.

Paulo e Dantinho lideravam um grupo de viciados que costumava percorrer os colégios da cidade em busca de novas vítimas.

Ao contrário do que se esperava, a família da menina silenciou diante do crime. A mãe de Araceli, Lola Cabrera Sanches viciada em cocaína, foi acusada de fornecer a droga para pessoas influentes da região, inclusive para os próprios assassinos.

A amante de Paulo Helal, Marisley Fernandes Muniz declarou em Juízo que Araceli foi dopada com forte dose de LSD e violentada. O perito carioca Carlos Eboli constatou que a causa mortis fora intoxicação exógena por barbitúricos, seguida de asfixia mecânica por compressão.

Apesar da cobertura da mídia e do empenho de alguns jornalistas, o caso ficou impune. Araceli só foi sepultada três anos depois. Sua morte, contudo, ainda causa indignação e revolta.

O Dia Nacional Contra o Abuso e a Exploração Sexual Infanto-juvenil foi criado em 18 de maio de 1998 para manter viva a memória nacional, reafirmando a responsabilidade da sociedade em garantir os direitos de todas as crianças brasileiras. O lema do movimento é “Esquecer é permitir. Lembrar é combater”.





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