Usina de Letras
Usina de Letras
233 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62073 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10301)

Erótico (13562)

Frases (50480)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Contramão -- 24/10/2002 - 23:22 (Renato Souza Ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Contramão





No habitat onde moramos

Todos têm seu papel a desempenhar:

O beija-flor, com seu simples gesto.;

A formiga pacientemente.;

E a abelha a nos ensinar!



Vejo o trabalho como inerente à condição humana.;

Condicionalmente pela própria sobrevivência!

Como justificar um projeto humano que o exclui da ação?

Eis um desafio nos dias atuais, com o avanço da tecnologia.

Estar desempregado é uma aberração.;

É mendigar do bom humor da estressada sociedade.





O trabalho é a identidade de um ser.;

É mister que o homem alavanque o progresso

Desde que reciprocamente este se reflita para o bem comum,

Como o é o fruto de uma incauta árvore.

O desemprego do homem sem justa causa

É a sua falência como maestro dessa grande orquestra.



Nada mais dignifica o homem que trabalhar.;

Estar a serviço deste grandioso e misterioso projeto de vida.;

Que nos foi legado sabiamente.

Mas o que vemos é uma inversão desta ordem.;

É a sumária exclusão de uma massa crescente de homens

Das suas atividades, aumentando os índices de miséria...



As filas de desempregados,

Atrás de vagas, poderiam até ser naturais.;

Se as mesmas existissem.

Mas o que assistimos é humilhante.;

Terminantemente deprimente.

É um beco sem saída.

Como uma ferida aberta que não sara.



Estamos globalmente encurralados,

Com tanta riqueza, servindo a tão poucos.;

Subtraindo cada vez mais a essência humana

Em detrimento de um pomposo desperdício dos que detêm o poder.



Um homem na sua fundamental forma de viver,

Constituindo uma família, com seus compromissos básicos,

Não pode sentir-se desempregado e inútil por exclusão...

Ao ver olhos de filhos pedintes e a mesa vazia,

Privados da própria sobrevivência.;

Clamando pelo essencial, a comida!

Chora ferido mortalmente.

Não há palavras que o console.



Um organismo internacional poderia criar prioritariamente

um mutirão do emprego.; um sistema cooperado sem fronteiras...

Todos contribuindo.; mais quem mais possui.

Com menos armas e cada vez mais escolaridade.;

Mais moradia e menos cargos supérfluos nas estruturas do poder.

Mais saneamento básico em troca de um ostensivo desaparelhamento das máfias da droga

Menos juros altos para poucos e maior combate a sonegação de impostos dos abastados

Criar-se-ia um imposto para os ricos, em prol da criação de uma escalada de empregos,

Monitorado por um órgão máximo, sem tutela, para administrar o desemprego.



Com ações contundentes diminuir-se-ia a miséria

E o homem retomaria as rédeas do seu galope.

O tempo urge!

Oxalá não seja tarde e haja espaço para a salvação.

A violência urbana está aí...é um recado, uma reação!





Renato Ferraz

02/99



refe_99@yahoo.com.br



Renato Ferraz

16/05/99







Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Perfil do AutorSeguidores: 8Exibido 501 vezesFale com o autor