É tempo de natal.
Lojas cheias,
Prateleiras entupidas de brinquedos.
Cheiro de assados no ar
E mesa repletas de guloseimas.
Confraternizações aqui e alí
Com árvores enfeitadas
De luzes multicores.
É mesmo tempo de natal!
Crianças nas ruas brincando
Com seus presentes maravilhosos,
Que Papai Noel presenteou.
É mesmo natal!
Festa do consumismo
Onde o festejado
Nem sempre é lembrado.
Mas, será mesmo tempo de natal
Para quem mora na rua
E se acha desempregado?
Aquela criança pobre
Que vê a outra brincando
Com presente caro,
Será se acredita mesmo
Que existe Papai Noel?
Ele não tem sapato!
Além do mais
Viaduto não tem janelas!
É pôr isso que Papai Noel não vem.
Lembrando aquela musiquinha:
“botei meu sapatinho
na janela do quintal,”
viaduto não tem janelas
e criança pobre não tem sapatos!
Papai Noel seria uma lenda?
“Papai Noel deixou
Meu presente de Natal,”
Marquises também não tem janelas!
E para receber presentes
É preciso ter sapatos!
´´E preciso ter janelas no quintal.
Numa casa onde só vê colunas
E carros passando pôr cima,
Papai Noel nem vai saber
Que alí mora uma criança
Desacreditado desta lenda.
Jesus, o nosso homenageado
Das noites de Natal,
Não nasceu em um castelo
E seu pai não foi um rei,
Apenas um carpinteiro.
Nesta noite de Natal,
Jesus vestirá de Papai Noel
E penetrará no sonho de um garoto,
Lhe trazendo esperanças de dias felizes,
Transformando aquele viaduto
Em um lindo presépio
Enfeitado de luzes multicores
Refletidos pêlos faróis
Dos carros que passam pôr alí.
