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Artigos-->O bicho está mais perto do que imaginávamos! -- 03/08/2009 - 12:25 (Carlos Claudinei Talli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Como o êxodo a que todo ano é submetido o futebol brasileiro não diminuiu, até se acentuou, e em idades ainda mais precoces, acredito que este artigo escrito em 2004 continue atual mesmo em 2009. Excluindo-se alguns detalhes específicos daquela época, vale a pena revê-lo.



O bicho está mais perto do que imaginávamos

Carlos Claudinei Talli



Exatamente no dia 12/09/2003, no artigo ‘Devemos colocar nossas galinhas no galinheiro dos outros’, analisávamos o acentuado êxodo que estava acontecendo no futebol brasileiro, e chamávamos a atenção para o fato de que grande parte dos nossos jogadores expatriados estavam assumindo outra nacionalidade.



Lembrávamos ainda que de 1998 até 2003, aproximadamente 3000 jogadores brasileiros tinham sido negociados com o exterior. Apenas em 2003, até aquela data, 700 já tinham deixado o país, numa incrível média de quase 100 por mês.



Agora, em 2004, a CBF já comunicou que mais de 800 se mandaram, mantendo a média do ano anterior. E, acompanhando as últimas transações, verificamos que quase todos são obrigados a assumir a 2ª cidadania, pois o número de jogadores estrangeiros admitidos por lei nos clubes europeus está diminuindo. Por isso, eles têm que pertencer à Comunidade Européia para fugir desse controle.



Naquele artigo, também lembrávamos que as seleções nacionais européias estavam cada vez mais utilizando jogadores estrangeiros naturalizados para se fortalecer.



E advertíamos:

‘Como na preparação da nossa seleção para uma Copa, historicamente, no máximo 70 a 80 jogadores são testados, os demais expatriados, que não forem aproveitados, mais de 3000 até o momento, poderão assumir novas cidadanias e defender outros países. Fazendo-se um cálculo grosseiro, pelo menos 10% desses jogadores – aproximadamente 300 – certamente terão um excelente nível, igual àquele dos convocados para o nosso selecionado. Provavelmente, num futuro não tão distante, veremos seleções européias tendo como titulares vários grandes jogadores brasileiros.’



E terminávamos assim: ‘Nós, brasileiros, sempre afirmamos envaidecidos que o nosso futebol é o melhor do mundo e que poderíamos formar 3 a 4 seleções para disputar um Mundial, com as mesmas chances de conquistar o título. Em nossos maiores devaneios até já imaginamos uma final de Copa do Mundo entre duas seleções brasileiras. Pode ser que esse sonho esteja mais próximo de se realizar do que supõe a nossa fantasia. Só que o campeão poderá não ser o ... Brasil!’



E não é que o bicho estava mais perto do que imaginávamos!



Estou me referindo ao Campeonato Mundial de Futsal, recém terminado em Taiwan, em que o vice-campeão, a Itália, apresentava entre os 14 jogadores convocados, 12 brasileiros. É ou não é uma brincadeira?



Se o Brasil, que era considerado por todos o maior favorito para conquistar o título, tivesse passado pela Espanha numa das semifinais, a nossa exagerada previsão, feita em tom de pilheria, teria se realizado apenas 1 ano e 2 meses após!



É certo que estamos falando de um outro esporte, entretanto, não devemos esquecer que o Futsal também é administrado pela mesma famigerada e mercantilista FIFA.



E, para a FIFA, tudo o que dá lucro é bem vindo. Para ela, uma Copa do Mundo onde não haja favoritos, e em que a maioria das seleções tenha condições de conquistar o título, vai ser um maná caído dos céus. Imaginem o lucro que vai dar.



E a utilização da 2ª cidadania como forma de conseguir um maior equilíbrio entre as seleções me parece o meio mais fácil e prático a ser utilizado.



E se eu já estava preocupado em perder uma final de Copa do Mundo para uma outra seleção brasileira, vendo-a carregar uma outra bandeira e ouvindo outro hino nacional, imaginem agora, depois do último campeonato mundial de Futsal!



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