Salvando da memória (mais uma vez?) meus dias de criança,
Lembro-me que com a ponta do dedo escrevi meu nome no cimento fresco da calçada,
E naquele instante sozinho, fixei-me por alguns instantes naquela imagem,
Sentenciei: Aqui vivo, aqui viverei e aqui morrerei...
Hoje, passados os anos volto e revejo o cimento já pisado e sujo,
E imagino quando não estiver mais pelo mundo,
Alguém olhar curioso a inscrição e perguntar aos amigos:
- Quem foi ele?
E um dos amigos responderá:
- Acho que foi um amigo de meu avô.
O pensamento navega pelo tempo, vai e volta,
Sem medo de se perder,
E nos traz sensações diversas.;
A parede branca vira uma tela de cinema,
Cinema de sonhos e ilusões que não voltam mais...
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