Em tudo eu faço festa
Boto rima, faço cordel;
Vou seguindo as regras
Para um dia ser menestrel
Mas enquanto não for
Procuro sempre me impor
Não jogando versos ao léu.
No horizonte vejo coisas
Nos meus olhos de poeta
Crio imagens nas nuvens
Que pensam que sou pateta
Gosto de ser o que sou
Falar coisas lindas vou
Levando a vida discreta.
Se vejo a criança feliz
Logo faço uma canção
E cada som que invento
Faz festa meu violão.
E assim a vida vai indo
Tô em cima vou subindo
Com os pés firmes no chão.
Sigo minha vida feliz
Pra cada ato bato palmas
Respondo o silencio da noite
Com as palavras da alma
Meu Anjo de Guarda diz
Que pra gente ser feliz
É preciso manter a calma.
Cada pássaro que canta
Ouço a canção do universo
Pela vida dou meus pulos
Nos obstáculos diversos
O Sol quente me aquece
A chuva caindo me floresce
É assim que vejo o progresso.
Se o corpo está morto
Eu não vejo morte nele
Ao lado está o espírito
O corpo é a casa dele
Cantando a canção
Que diz a reencarnação
É que vou encontrar com ele.
Não faço do dinheiro
A minha felicidade
Pois ele não diz tudo
É a pura realidade
O dinheiro não se come
Deixa violento o Homem
Que tem sensibilidade.