Um coração na balança da vida
Caminha pelas horas vazias,
com um misto de terror que me alucina,
uma sombra das noites frias,
que vem, e num beijo, me acaricia.
Tremo com o impacto invisível
da alma que me roçou o corpo.
Meu coração – porção divisível
do ser que respira morto –
A sombra envolve. Sinto
que ela está aqui...
O relógio, com as horas que se vão indo...
Tudo o mesmo, nada mudou.
Apenas meu corpo que tremeu
na hora em que tua sombra passou...
Pezente
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