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Artigos-->Antropologia -- 11/01/2002 - 18:28 (claudio peres) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
GOVERNO FEDERAL



FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDETRAL DO AMAPÁ – UNIFAP



CAMPUS UNIVERSITÁRIO SUL – LARANJAL DO JARI



CURSO: LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA E



LICENCIATURA PLENA E BACHARELADO EM GEOGRAFIA



DISCIPLINA: ANTROPOLOGIA CULTURAL



PROF. EMANUEL LEAL LIMA



























































UMA BREVE ABORDAGEM ANTROPOLOGICA CULTURAL E A PRATICA VIVENCIADA EM VITÓRIA DO JARI/AP COM AS PROFISSIONAIS DO SEXO









































































































LARANJAL DO JARI-AP



JUNHO / 2001



COMPONENTES:



CHARTON FRANKSON M. NASCIMENTO 9953070 (PEDAGOGIA)



NILDILENE DE O. NASCIMENTO 9953091 (PEDAGOGIA)



ELI FURTADO DOS ANJOS 9953104 (PEDAGOGIA)



VANJA CRISTINA G. DE OLIVEIRA 9953055 (PEDAGOGIA)



LINDOMAR C. RODRIGUES 9935022 (GEOGRAFIA)



CLÁUDIO PERES DE O. NETO 9935046 (GEOGRAFIA)



IRAN CÉLIO S. SILVA 9935048 (GEOGRAFIA)























































UMA BREVE ABORDAGEM ANTROPOLOGICA CULTURAL E A PRATICA VIVENCIADA EM VITÓRIA DO JARI/AP COM AS PROFISSIONAIS DO SEXO





































































































LARANJAL DO JARI-AP



JUNHO / 2001













































APRESENTAÇÃO

























Aos dez dias do mês de junho do ano de 2001, as 20:42 h, a equipe composta por acadêmicos dos cursos de Licenciatura Plena em Pedagogia e Licenciatura Plena e Bacharelado em Geografia deram saída do distrito de Monte Dourado/PA com destino ao município de Vitória do Jari com a finalidade de coletar dados sobre a prostituição e correlacionar com os assuntos ministrados em sala de aula assim como, analisar e comparar com o objeto de estudo da ciência antropológica.









































































































INTRODUÇÃO









O presente trabalho não tem a pretensão de fazer uma abordagem antropológica profunda, uma vez que para tal há necessidade de uma convivência "in loco" com o objeto de estudo no qual se quer retratar ,pois, toda e qualquer conduta, ação, idéias, crenças, comportamentos estão intrinsecamente relacionados ao modo de vida de qualquer sociedade e construído nas inter-relações sociais, econômicas e culturais de cada povo e que varia no tempo e no espaço. Desta forma através de um trabalho realizado no município de Vitória do Jari/AP no dia 10 de junho do corrente ano, iremos abordar a temática sobre a prostituição analisada a luz das teorias trabalhadas em sala de aula.



Ressaltamos que a metodologia utilizada se deu em três etapas assim discriminadas: primeiro foi o levantamento bibliográfico como suporte teórico à análise do tema. Segundo foi o trabalho em campo no qual foi realizada uma entrevista em um universo de seis profissionais do sexo e um de seus clientes. Por último a análise final de um trabalho escrito tentando se fazer um paralelo entre a teoria e a prática.

































































O contexto para podermos entender o enfoque que a antropologia nos remete hoje, a fim de analisarmos a questão em tema é preciso um breve relato de como a antropologia se desenvolveu ao longo do tempo



Podemos comprovar a realidade antropológica, quando abordamos cinco aspectos, que se diferenciaram. O primeiro é da abordagem tipicamente GRIAULIANA, assim considerada porque no período que ocorreu eram estudados os mitos, lendas, símbolos (artesanato).



Esses contos e provérbios são considerados literatura de tradição oral.



A antropologia simbólica é determinada na época em que GRIAULE, dedica-se a verificação dos fatos daquela época.



A segunda abordagem é tipicamente funcionalista (DURKHEINIANA), onde estuda os fatos sociais, a organização e o funcionamento das sociedades primitivas e é mencionado na história como extensão da sociologia, e não antropologia como ciência.



"DURKHEIM defende um sistema organizacional de interligação para assim haver um funcionamento com aproveitamento bem melhor em relação a outras formas não organizadas, e tudo gira em torno dos fatos sociais".



Em outro aspecto nós podemos perceber a evolução dos estudos antropológicos, onde KRUEBER defende a diferenciação entre antropologia social e cultural, sendo interligados em alguns pontos.



Diz KRUEBER, "A cultura não é, mais nada senão o próprio social." O questionamento levantado pelo mesmo, é que no aspecto social, são observadas as relações de produção, de exploração e dominação, enquanto que no aspecto cultural, estuda-se o comportamento, bem como as produções originárias dos grupos, tais como: Artesanato, religião, grupos artísticos e outros.



Neste período a antropologia cultural, passa a ser autônoma e se difere da abordagem anterior (que tem sua origem na França e Inglaterra), sendo menos funcionalista para os americanos, onde ela passa a ser estudada.



Observamos que, em alguns pontos, uma observa as relações sociais, a outra, como aprender o comportamento de um determinado povo. Aí está a diferença que foi ressaltada pelo autor nesta abordagem. Nós percebemos esta variabilidade de acordo com os períodos observados.



Todavia na antropologia estrutural de LEVI-STRUSS defende as diferenças estruturais que não estão em número limitado, pois são comandadas por "leis universais" que regem as atividades inconscientes do espírito, já que existe um certo número de materiais culturais sempre idênticos que podem ser qualificados de invariáveis. Temos como exemplo, as cartas de um baralho.



Quando falamos em estruturação, automaticamente, teremos a necessidade de sistematização do alvo a ser alcançado. Tal abordagem serve de suporte para uma teoria mais avançada dentro do campo antropológico.



No quinto aspecto, que é considerada uma abordagem contemporânea, sendo denominada de Antropologia Dinâmica, percebemos o avanço tecnológico e a rapidez para se processar os dados em todo mundo. Sendo assim, existe facilidade para se observar, aprofundar, organizar e divulgar dados coletados e com mais precisão, o registro de detalhes. Porém, vale ressaltar, que em cada época onde os fatos foram estudados, as abordagens eram correspondentes a realidade do momento. Não podemos dizer que a Antropologia dos símbolos é inferior a de nossos dias, pois naquela época, os recursos tecnológicos, financeiros e outros, eram bem inferiores aos nossos de hoje, sem contar que cada uma era satisfatória para sua necessidade. Nós, comprovamos alguns aspectos culturais, dentro de uma análise que fizemos em nossa região para enriquecimento deste trabalho.



Através da abordagem com as profissionais do sexo, percebemos a relevância da cultura na vida do ser humano pois, a mesma ocorre em todos os momentos de sua vivência, e de seu próprio existir. Implica também dizer que as culturas variam de acordo com o grupo ou sociedade e que cada povo tem seus costumes, crenças, comportamentos, saberes e saber-fazer diversificados, onde, atitudes são adquiridas através de conhecimentos e informações e são transmitidas a outras pessoas.



Vale ressaltar que não apenas os recursos naturais devem ser considerados quando se pensa no desenvolvimento dos grupos humanos. Mais imprescindível ainda, é observar que o destino de cada agrupamento está marcado pelas maneiras de organizar e transformar a vida em sociedade e de superar os conflitos de interesses e tensões gerados na vida social.



Em suma, observou-se nitidamente essas transformações e conflitos no meio cultural de Vitória do Jari, pois em função de interesses empresariais, a fábrica de celulose, foi instalada no local, sem a preocupação com o meio ambiente, e com o impacto ambiental e social que a mesma provocaria, influenciando ainda na migração de pessoas para o local, afirmando cientificamente a variabilidade das culturas, pois as profissionais do sexo entrevistadas são oriundas de outros estados, e mesmo tendo assimilado a cultura do local, não deixaram de lado sua cultura de berço, ficando explícito na fala de uma quando dizia: "Graças a uma força divina, não tornei-me dependente das drogas." O exemplo nos mostra sua crença e fé passada através da família e da religião, não desapareceram com o convívio a qual estão inseridas.



Notoriamente constatou-se outro fator cultural importante no referido município para suprir uma necessidade econômica, e para facilitar o diálogo com os estrangeiros: as profissionais do sexo tiveram que aprender um pouco do idioma destes.



Neste caso, não poderemos nos reter somente em um tipo de cultura, pois todas as entrevistadas possuem um conhecimento de acordo com a sua formação e vida social local. Dessa forma vamos buscar em Laplatine, os três campos epistemológicos do saber: a biologia, a economia e a filologia, e naquilo que ressalta Foucault, e através dos discursos, detecta-se a discrepância dos fatos obtidos.



Constatou-se que foram diversos os fatores que levaram as profissionais do sexo a optarem por uma vida que lhes deixa um estigma muito grande, pois enfrentam o preconceito, haja vista que a nossa sociedade é excludente, e deixa à margem pessoas cuja conduta não é coerente com as normas exigidas na mesma. Foi possível notar que as garotas, foram contraditórias em seus relatos, como por exemplo: A garota que dizia: "Graças a uma força divina, não me tornei dependente das drogas", fato que não é verdade, pois a mesma pediu cinco reais para comprar uma merla (droga). Percebemos também que há uma distorção entre o período que iniciaram sua vida na prostituição em relação aos acontecimentos e transformações em suas vidas.



No decorrer desta pesquisa constata-se que o conhecimento empírico da analogia machista, a mulher é tida biologicamente como reprodutora da espécie humana, uma classe inferior, um objeto a ser comercializado, como ficou explícito na fala de uma das entrevistadas: "Parecemos carne no açougue", sujeita à vontade daqueles que as utilizam (os gringos). Filologicamente foi constatado que as entrevistadas dominam os idiomas: inglês e filipino sem nunca ter freqüentado uma escola, necessários a comunicação para a prática do programa sexual, além de definir economicamente o valor financeiro de sua mais-valia.



Podemos notar que os historiadores citados por Laplatine, defendem os períodos vivenciados em cada época, onde se estudava a Antropologia de acordo com a necessidade do local, o que parecia ser absurdo para um povo, era mais do que natural em outra sociedade, isto é, a variabilidade de costumes, danças, comportamentos e crenças. Todavia notamos que para o universo, o qual foi analisado, é comum tal mudança.





























































CONCLUSÃO

















Concluímos que cada período antropológico retrata a necessidade de sua época, permitindo que Laplatine enfatize de forma abrangente o verdadeiro sentido da antropologia contemporânea. Há, evidenciado, sempre o confronto de idéias dos pesquisadores o que facilitou uma melhor compreensão e assimilação, já que cada um deles defende o período de sua existência.



Apesar do trabalho ter sido exaustivo na sua elaboração, o mesmo foi de suma relevância para a equipe no que diz respeito a uma melhor compreensão do significado da análise antropológica e cultural.

























































































































































BIBLIOGRAFIA













LAPLATINE, François. Aprender Antropologia. São Paulo: Brasiliense,2000



SOUZA, José Luiz de. O que é cultura. São Paulo: Brasiliense, 1985.











































































































































GOVERNO FEDERAL



FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDETRAL DO AMAPÁ – UNIFAP



CAMPUS UNIVERSITÁRIO SUL – LARANJAL DO JARI



CURSO: LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA E



LICENCIATURA PLENA E BACHARELADO EM GEOGRAFIA



DISCIPLINA: ANTROPOLOGIA CULTURAL



PROF. EMANUEL LEAL LIMA



COMPONENTES:



CHARTON FRANKSON M. NASCIMENTO 9953070 (PEDAGOGIA)



NILDILENE DE O. NASCIMENTO 9953091 (PEDAGOGIA)



ELI FURTADO DOS ANJOS 9953104 (PEDAGOGIA)



VANJA CRISTINA G. DE OLIVEIRA 9953055 (PEDAGOGIA)



LINDOMAR C. RODRIGUES 9935022 (GEOGRAFIA)



CLÁUDIO PERES DE O. NETO 9935046 (GEOGRAFIA)



IRAN CÉLIO S. SILVA 9935048 (GEOGRAFIA)







RELATÓRIO DE PESQUISA DE CAMPO









No dia dez de junho do corrente ano, as 20:42 h, uma equipe composta por sete acadêmicos da disciplina Antropologia Cultural, deslocou-se para Vitória do Jari a fim de realizar uma pesquisa de observação e entrevista para coleta de dados, que desse suporte a uma breve abordagem antropológica cultural da pratica vivenciada naquele município pelas profissionais do sexo.



As 21:15 h, da referida data chegamos ao porto de Munguba, onde ficam ancorados os navios estrangeiros, os quais transportam no seu retorno, cargas do tipo: celulose, caulim e bauxita.Devido à permanência dos navios por, aproximadamente quinze dias, a tripulação sai em busca do prazer noturno (até mesmo por passarem um longo período em alto mar), proporcionando um ambiente de interesses comerciais, "favorecendo" às garotas, uma renda para sua manutenção.



A entrevistada C. de 21 anos, grávida de seis meses, natural de São Luiz, capital do Maranhão, por intermédio de uma amiga, foi convidada a conhecer a realidade do loca, aonde a mesma chegou no ano de 2000 e passou apenas cinco meses, por entrar em conflito consigo mesma devido à mudança radical em sua vida.



A posteriore, retornou para sua cidade, elucidando a sua mãe o que fizera no Estado do Amapá, a qual não aceitou a situação vivida pela filha. Segundo o relato da entrevistada, o controle excessivo de sua mãe, foi o motivo pelo qual tendenciou sua opção por uma vida independente. Com isso, após 60 dias em São Luiz, retorna novamente, voltando a fazer programas em Vitória do Jari/AP, onde faz em média dois programas por noite. Sua clientela preferencial é o estrangeiro, devido estes, serem educados, carinhosos e remunerarem bem melhor que os brasileiros, em torno de três vezes mais que a clientela nativa. De acordo com a mesma cerca de 80% das garotas preferem os estrangeiros.



C. 21 anos, cursou até o 2º ano de enfermagem, apresenta facilidade de dialogo, possibilitando uma melhor relação com os freqüentadores do recinto. E a mesma ressalta que, sua estadia em Vitória do Jari deu-se através de uma amiga, sendo a facilitadora do processo, evitando constrangimentos e ciúmes por parte das outras garotas em função da concorrência. Afirma ter conquistado seu espaço, pois hoje, mesmo estando grávida de seis meses, propositalmente de um Filipino, continua mantendo-se sem fazer programas.



Dando continuidade a nossa prospecção, conhecemos E. 27 anos, residente há dez anos no local, cursou a quarta serie do ensino fundamental, em Vigia/PA, a qual é natural do referido município.



A entrevistada relatou ter sido casada, e desse matrimonio, resultou um filho que atualmente possui oito anos, e ambos, moram em uma residência com uma família de católicos praticantes. Apesar da mesma não ser católica praticante, afirma sua apreensão em relação a moral e aos bons costumes para com a criança. Segundo E. 27 anos dificilmente faz programas e, quando os faz utiliza um quarto locado às proximidades do âmbito comercial. Sua preferência é pelos brasileiros, por estes não fazerem objeção ao uso do preservativo.



Ela afirma ter mais facilidade de compreensão no dialogo com os Filipinos. Também relatou que pretende estabilizar sua vida financeiramente, para retornar a sua cidade natal. Ao ser indagada em relação a predileção dos estrangeiros pela questão da faixa etária das garotas, afirma com nitidez, que não há discriminação por parte dos estrangeiros.



O próximo depoimento foi de E. (2) 24 anos, natural de Laranjal do jari. Cursa a 5ª serie do ensino fundamental, trabalha e estuda durante o dia. A mesma relata que é normal fazer programas com estrangeiros, realizando um por noite. Quando ocorre de realizar com brasileiros, ela cobra cinqüenta reais e, com os estrangeiros esse valor varia em torno de cinqüenta a cem dólares, deixando claro que a quantidade de programas difere-se de garota para garota.



Nas suas relações, o uso de camisinha é uma constante, prevenindo-se contra doenças e possíveis gestações. Mas, segundo seu relato, nem todas usam, chagando a engravidar (há garotas com até quatro filhos) de estrangeiros. Ela possui um filho, sendo que este reside com seus familiares, no local. Na questão religiosa não é praticante e nem tem preferência. Já na efetividade, relata que a maioria das garotas costumam se envolver profundamente.



Na sua percepção, a maioria dos estrangeiros tem predileção por mulheres loiras e, no ambiente, há mulheres de outros Estados.



O relato de J. 25 anos, há quatro anos como profissional do sexo, decisão tomada após o término de seu matrimonio, tendo como fruto desse relacionamento, um filho, possuindo na atualidade oito anos. Cursou a 8ª serie do ensino fundamental, sendo natural do município de Oiapoque, filha única de um casal de evangélicos. Seguiu a vida religiosa por um determinado período, abandonando seu ambiente familiar para tornar-se "mulher" através do matrimonio. Em função dos dogmas da igreja, a família não aceitou sua promiscuidade e, seus irmãos foram incentivados a agredi-la fisicamente. Para suprir a ausência da família, recorreu ao mundo das drogas (cocaína, heroína, crack e maconha). Graças a uma força divina não se tornou dependente.



Para a entrevistada, independe a nacionalidade do cliente, o principal é o dinheiro. Usa sempre preservativos já que seus parceiros não são nada higiênicos. Não se sente feliz com suas atividades noturnas, compara-se a "carne no açougue".



C (2) 27 anos, grávida de nove meses do sexto filho, natural de Belém do Pará, já residiu em Vitória do Jari, tendo por período de tempo morado na mesma capital e encontra-se há dois anos no município, tendo em seu domínio o filho casula que mora juntamente com seu xodó (palavras textuais). Demonstra preocupação em relação aos seus dependentes no que diz respeito a moral, por isso o motivo de deixa-los com sua família em Belém.



Embora não tenha freqüentado um curso de línguas estrangeiras se considera poliglota, pois desenvolve três idiomas o que facilita seu intercambio com a clientela diversificada.Em media seus programas custam cinqüenta dólares, chegando a realizar três por noite. Sua predileção é por estrangeiros, pois, são mais carinhosos e menos exigentes, realiza tal atividade por necessidade, todavia não é feliz no que pratica, e no momento, devido sua gestação não faz programas. Seu projeto de vida, é poder oportunizar a seus filhos um padrão de vida melhor.



A sociedade residente em Vitória do Jari não as discrimina, porém a sociedade do distrito de Munguba é discriminadora e preconceituosa. Segundo suas palavras "não se sabe quem é mais puta na situação", pois o ambiente delas é notório, e em Munguba acontece de forma camuflada. Com o seguinte pensamento: "De uma senhora faz-se uma puta e de uma puta faz-se uma senhora", termo usado por ela para justificar a não aceitação da discriminação.



Para enriquecimento da nossa pesquisa entrevistamos um cliente, das profissionais do sexo, Joel Berganio, natural das Filipinas, cozinheiro da tripulação, divorciado e pai de dois filhos, ambos residentes nos Estados Unidos, separou-se de sua mulher por disparidades salariais, veio para o Brasil a trabalho e busca na noite de Vitória do Jari, o aconchego das mulheres brasileiras, destacando sua predileção pelas morenas.



Ressaltou ainda, ser um homem saudável e por haver um controle médico muito rígido a bordo do navio, onde são submetidos a exames periódicos. Justificativa para não gostar de usar preservativos.







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