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Artigos-->E outras. E outras... -- 19/08/2009 - 13:35 (Carlos Claudinei Talli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
E outras. E outras...

Carlos Claudinei Talli



No último domingo, 16/08/09, cheguei à minha casa logo após o almoço, e, pra variar, fiz a costumeira procura nos canais de esporte da TV na busca de um jogo de futebol dos vários campeonatos europeus. Eu estava procurando uma possível sobremesa para esperar o jogo principal do dia, a partida de ida entre Atlético de Bilbao e Barcelona, pela Super-Copa Espanhola, no estádio de San Mamés em Bilbao, que começaria às 17 h. E já passava das 15h. Por sinal, pelo que apresentou neste jogo, sem Messi, Iniesta e Ibrahimovic, parece que o Barça vai continuar nos fazendo rir de orelha a orelha, do mesmo jeito que no ano passado... Mas, neste artigo, o assunto vai ser outro...



Mesmo não me ligando muito em atletismo, esporte que sigo com maior interesse apenas nas Olimpíadas, naquele rastreamento de canais me deparei com a final dos 100 metros rasos, e os atletas já estavam se posicionando para a largada. E, entre todos, se destacava o jamaicano Usain Bolt, medalha de ouro em Pequim nos 100 e nos 200 metros rasos, e recordista mundial nas duas provas.



Eu já estava pronto para mudar de canal, mas, de repente, me veio aquele impulso incontrolável de assistir a prova. E, confesso, foi uma das participações individuais mais emocionantes que assisti nesta minha vida que, certamente, há um bom tempo já passou da metade... Durante os 9:58 segundos em que esteve na pista, novo recorde mundial, e nos seus 1,96 metros de altura, o que indicaria no mínimo uma improbabilidade para um velocista, o jamaicano assombrou o mundo mais uma vez. Parecia um adulto correndo entre crianças, ou um ET competindo com simples humanos, tal a diferença de desempenho... Nunca vi uma disputa tão desigual, e, pasmem, ele conseguiu se poupar no final da prova, numa demonstração de que o seu limite ainda está num ponto bem longínquo, no futuro... E o ritmo da prova foi extremamente forte, pois o segundo colocado, o americano Tyson Gay, com o seu tempo, também bateria o recorde mundial anterior... Realmente, foi impressionante...



E eu, cá com os botões, fiquei pensando se em outros esportes, com outros atletas, já acontecera fato tão inusitado e espantoso.



Rapidamente, dois nomes explodiram em minha cabeça. O primeiro, no futebol. E vocês já sabem de quem estou falando. Sim, não poderia ser outro, o nosso inesquecível e insuperável Rei Pelé. Ele sempre me pareceu de outro planeta, anos luz à frente de qualquer outro monstro sagrado do futebol mundial, em todos os tempos. E, ainda hoje, mais de 30 anos após a sua aposentadoria, cada vez fica mais claro na minha percepção que nunca vamos ver nas quatro linhas de um campo de futebol, uma coisa igual.



O outro nome que me veio à mente foi do astro do basquete americano Michael Jordan, tal qual Pelé, inigualável. Também a anos luz de distância de qualquer outro simples mortal que ousar lhe fazer sombra. Usando aquela máxima que um dia o nosso querido e brincalhão Dadá Maravilha imortalizou, ‘só existem três coisas que param no ar: beija-flor, helicóptero e Dadá’, anos depois surgiu mais um fenômeno que, literalmente, parava no ar: o também ‘extraterrestre’ Michael Jordan...



Usain Bolt, Pelé e Michael Jordan: o que eles têm – ou tiveram – a mais que os simples mortais? A mais que os demais monstros sagrados do esporte, em todos os tempos?



Para que um atleta atinja o patamar de um monstro sagrado, ele tem que, tecnicamente, beirar a perfeição. Poderíamos fazer uma lista interminável de atletas que atingiram esse nível. No futebol: Beckembauer, Bob Charlton, Baresi, Roberto Baggio, Michel Platini, Zinedine Zidane, Domingos da Guia, Leonidas, Zizinho, Garrincha, Rivelino, Ademir da Guia, Sócrates, Zico, Falcão,Tostão, Gerson, Romário, Ronaldo, Di Stefano, Maradona etc. No basquete: Kareem Abdul-Jabbar, Magic Johnson, Larry Bird, Kobe Bryant, LeBron James, Charles Barkley, Patrick Ewing, Karl Malone, Scottie Pippen, John Stockton, os nossos Wlamir Marques, Amauri, Rosa Branca, Oscar, Marcel, o argentino Manu Ginobili etc. E nos 100 metros rasos do atletismo: Carl Lewis, Donovan Bailey, Leroy Burrell, Frank Fredericks, Bem Johnson etc...



Mais uma vez, e definitivamente, o que faz de Isain Bolt, Pelé e Michael Jordan tão superiores a esses monstros sagrados acima citados?

Salta aos olhos que não foi só a técnica, o dom natural. Todos os demais aqui lembrados os tinham, em doses muito acima da média. Então, o que eles tinham a mais?



Eu posso estar errado, e frequentemente me engano, mas a diferença definitiva, na nossa modesta opinião, foi a compleição física dos três. Eles herdaram do papai do céu um físico geneticamente privilegiado que, somado à qualidade técnica também geneticamente incomum, o famoso dom natural, deu no que deu... Geralmente, quando um atleta é superdotado tecnicamente, não o é na parte física, e vice-versa. Nos três heróis desta crônica, as duas coisas coincidiram no nível mais alto possível. Apenas isso, ‘meu caro Watson’.



Inclusive, há alguns anos atrás, saiu um estudo, não me recordo o país de origem, em que se analisava o porquê de Pelé e Michael Jordan terem se destacado tanto. E a conclusão foi a de que a percepção espacial dos dois era excepcional. Eles conseguiam intuir jogadas e colocar no lugar certo e no momento certo seus braços e as suas pernas, ou seja, o corpo todo, mantendo um equilíbrio perfeito, estando de costas para o lance, e para o gol e para a cesta. Pode uma coisa dessas? Vocês se lembram dos sem pulos que o Pelé acertava com os dois pés, e girando o corpo para ambos os lados? E os lances do Michael Jordan, então?



Essas colocações são apenas pistas que podem no máximo ajudar a colocar em foco tão misterioso enigma: o desempenho sobre-humano de Usain Bolt, Pelé e Michael Jordan. Certamente estamos muito longe de esgotar o tema. Muito pelo contrário, ele vai ficar aí, eternamente aberto, para inúmeras outras análises...



E outras. E outras...



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