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Artigos-->Arrogância no futebol. -- 28/08/2009 - 10:28 (Carlos Claudinei Talli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Arrogância no futebol.

Carlos Claudinei Talli



Não sei o porquê, mas, hoje surgiu na minha mente o tema arrogância no futebol. E a figura do Romário apareceu com força. No entanto, analisando-se mais detalhadamente os posicionamentos desse baixinho invocado, acredito que ele esteja muito mais para a petulância – atrevimento, ousadia - que para a arrogância – orgulho excessivo, soberba -. Senão, vejamos:



De que classe social esse carioca ‘marrento’ veio? De uma família abastada? Ele sempre foi filhinho de papai?



A resposta ninguém precisa dar, mesmo porque ela é clara e cristalina. Todos hão de convir que ele deve ter comido o pão que o diabo amassou. Sem saber detalhes da primeira parte da sua vida, isso parece claro.



Tendo nascido ‘mal’, como a grande maioria dos brasileiros, quais eram as chances de ele obter sucesso na vida sem partir para o lado mau da sociedade? Sim, porque uma das opções mais seguidas, a violência urbana que o diga, é a marginalidade. Um pobre inteligente, e o nosso país é pródigo em produzir pobres inteligentes, está muito mais pra chefe de quadrilha ou traficante de drogas, que pra jogador de futebol.



Meus queridos leitores, que país é este. Só com um talento raro para jogar futebol, ou para qualquer outro esporte que dá retorno financeiro, a parte mais carente da nossa sociedade pode sonhar com dias melhores, sem prevaricar, e sem se prostituir. É brincadeira!



E para o nosso herói de hoje, talento era a mercadoria mais abundante. Entretanto, além de talento natural – quantos não o têm? -, era necessária uma sorte fora do comum. Talvez da ordem de 1 pra 1 milhão. Ou mais ainda! Sim, porque a grande maioria, mesmo com muito talento, fica no meio do caminho. E o nosso baixinho – como todos os outros jogadores profissionais de clube grande - passou por mais esse teste sobrenatural.



Então, depois de toda essa epopéia, ele se tornou extremamente ‘marrento’. Mas, mesmo quando há algum tempo falou ‘no futebol, eu sou o cara. Papai do céu me fez e, depois, jogou a forma fora’, nos seus gestos transparece sofrimento e uma revolta incontida contra a sociedade. E eu nunca vi um arrogante sofrendo. Portanto, pessoas como o Romário podem ser tudo, mas tudo mesmo, menos arrogantes. Como coloquei antes, talvez a palavra certa para defini-lo seja petulância. Nunca, arrogância.



E eu enxergo a mesma petulância no pichador de rua, e nos violentos de rua de maneira geral. Parece que todos eles, inclusive o Romário, estão simplesmente dizendo: ‘Vocês podem não perceber, mas, eu existo! E não é justo eu não ter tudo isso que vocês têm. E que a televisão nas novelas mostra.’



Desse modo, depois de muito pensar, eu não consigo enxergar arrogância no futebol. Péra aí! Deixe-me pensar melhor. Ah! Neste momento parece que deu uma luz. Eu nunca suportei ‘chupim’ no time. Parece mesmo que comecei a descobrir o fio da meada. Agora, neste exato momento, me vem à cabeça a figura mitológica do Narciso. Aquele que passou a vida se olhando nas águas cristalinas do lago, admirando a sua exuberante beleza. Esse não precisava de ninguém. Ele se bastava. Será que existem Narcisos – não aquele do Santos, bem entendido – no futebol?



Remexendo lá no fundo da minha memória, acredito que sim. Acho mesmo que todos que jogaram futebol, mesmo que de forma amadora, sabem do que estou falando. Aquele cara que entrava em campo apenas para se exibir, pois, geralmente, um cara desses sempre tinha talento natural pra mostrar. Mas, ele nunca colocava esse talento em prol do time. Ele o usava só em benefício próprio. Como se num esporte coletivo fosse possível usar o talento só pra uma pessoa. Quanta ignorância! E ele recebeu de graça esse talento. Deus o deu de graça! Pensar assim... só pode ser desvio de personalidade. Coitado!



É, só agora eu consegui perceber que não devemos colocar no mesmo balaio pessoas como o incrível baixinho Romário, e similares, e as outras – os chupins Narcisos –, que realmente são arrogantes, prepotentes.





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