Nariz
Orifício por onde sinto seu perfume insípido
Que tem gosto de domingo
Ou por onde cheiro
O pó de sua inexistência fedida
Nariz, napa, fucinho, cheirado
Aspirador de pó, ou qualquer outro!
Tanto faz, é tudo a mesma coisa
Que no fim não lhe serve para nada.
Pois tudo, tudo é abstrato
Não importando se sentido ou objeto
Nada é realmente real...
Porque se tudo realmente existisse!
Tudo pensaria, ao invés de
Depender da flexibilidade do rabo da lagartixa
E do amarelo das flores
Que um dia já foram verdes
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