A potência emergente
ARTHUR CHAGAS DINIZ*
http://www.institutoliberal.org.br/
Depois de um longo período de "vacas magras", Lulla (sim, ele mesmo) resolveu equipar as Forças Armadas. Só ficou faltando o Exército.
Há coisas extremamente curiosas na escolha dos fornecedores. Chama a atenção, em especial, a escolha pelo caça francês Rafale, antes mesmo que a Comissão da Aeronáutica, encarregada de comparar as propostas francesa, norte-americana e sueca, apresentasse seu relatório. Dos três aviões, o mais caro é o Rafale, sem nenhuma evidência de sua superioridade em relação ao F18, da Boeing, e ao Gripen, da Saab, a fornecedora sueca.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, ficou, aparentemente, operando na surdina e, curiosamente, não deu quaisquer declarações sobre a opção francesa que, além dos caças Rafale, envolve submarinos, helicópteros e tecnologia para a construção de base naval e de seu submarino nuclear.
O Brasil, com esta opção francesa, está iniciando um ciclo mínimo de 40 anos de casamento com um modelo completamente diferente do predominante até agora, que é o norte-americano. As explicações de defesa da Amazônia e do Pré-sal, especialmente a última, só se justificam caso o "inimigo" previsto ou previsível esteja na UNASUL, ou seria simplesmente uma tentativa de reforçar a candidatura Dilma que, com o fracasso do PAC, está sustentada exclusivamente no Pré-sal, produto mais vendido nas prateleiras das programações de TVs abertas e TVs por assinatura.
Com isto, vamos ajudar ainda mais a desequilibrar o orçamento de defesa da Argentina que não deixará passar impune a provocação lullista. Lá, como cá, quem vai acabar pagando pelas bravatas são as populações brasileiras e argentina que serão chamadas para "cobrir" os investimentos e os aumentos de custos operacionais decorrentes.
* PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL
fonte da imagem: Wikipedia
N.E.- Veja no site do IL:
CONSUMO DE TÓXICOS NO BRASIL
Matéria de capa da NOVA BANCO DE IDÉIAS.
Solução à vista? Entre nesse debate!
|