O internauta Paulo Ressonante foi quem afirmou. A única referência sobre o cantor e compositor Benvindo Pereira, falecido em Porto Velho no ano de 2003, é um texto que produzi sem maiores informações sobre o artista. Quem sabia um pouco mais do que eu sobre o cantor era o repórter Marcos Henrique Tóia, que passou pelo jornal O Estadão do Norte e também pelo site O Observador. Tóia me disse certa vez que Benvindo havia trabalhado no Rio de Janeiro e fazia parte do rol de amigos de Paulo Coelho e Raul Seixas.
A sua obra talvez tenha se resumido apenas ao disco Nova Era de Aquário, mas não sei dizer mais que isso. Também participou de festivais de música do SESC em Rondônia.
O curioso é que o interessado em mais informações reside no interior do Rio Grande do Sul, Pelotas, e busca informações sobre um talento que como tantos outros, ocupou menos espaços na mídia e terminou seus dias numa espécie de exílio. Em Rondônia consertava guitarras.
Na última vez em que o vi esperava um ônibus para a cidade de Candeias do Jamari. Falamos sobre alguns cd´s que traziam coletâneas de Vandré e Edu Lobo, entre outros nomes, que repousavam nas prateleiras de lojas do centro da capital rondoniense. Naquele momento constatei sem perguntar nada que Benvindo não dispunha de dinheiro para comprar os cd´s, com preço em torno de sete reais. A vida lhe pregara algumas peças.
Os artistas são seres sensíveis, não conseguem se equilibrar na sociedade de consumo e muitas vezes passam dificuldades por isto.
Que mais terá produzido Benvindo? Será que o Tóia sabe? A Amazônia recolheu mais um talento. Talvez a internet ressuscite em parte o interesse de outros pela sua obra.
A arte não sustenta os homens, mas pode sustentar suas almas.