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Artigos-->Hipocrisia, intolerância e ódio. -- 13/01/2002 - 10:49 (Marissom Ricardo Roso) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A tendência à agressão é um dispositivo de instinto primário no homem, o inconsciente é sempre infantil. (Sigmundo Freud – 1856/1939 – Pai da Psicanálise.

)

Os homens matam uns aos outros desde o início dos tempos. Isto não cessou nem mesmo depois que os profetas nos revelaram a palavra. Muito menos depois da declaração dos direitos do homem, tão pouco após duas guerras mundiais, o que prova que ser violento é uma condição inerente ao ser humano. Para todos aqueles que se consideram pacifistas como eu, não há nenhum sinal mais devastador, lamentável e grotesco da falência da humanidade, do que quando um homem precisa matar seu semelhante para se fazer ouvir ou calar as palavras proferidas por este.



Existem muitos tipos de violência, mas a que mais assusta, aterroriza e acua a sociedade conservadora, é a violência física. Aquela que derrama sangue ou ameaça o seu patrimônio. Esta sim causa indignação. Mas há um outro tipo de violência muito pior e canalha. É uma violência silenciosa, que mata lentamente, da forma mais odiosa e covarde que existe. Aquela que em forma de política externa explora nações, rouba os sonhos das pessoas, arrasa um resto de dignidade humana aniquilando todas as esperanças de um povo. Uma violência que vai lentamente colonizando e transformando os mais fracos em escravos da ganância do mais forte. Esta é a violência primitiva, causadora da violência física.



Pois esta violência silenciosa que acontece nas periferias das cidades não vende reportagens, muito menos dá Ibope, não prende ninguém durante um dia inteiro diante da tela globaliza como as cenas espetaculares do dia 11 de setembro, quando ruíram por terra os símbolos máximos do capitalismo: as torres onde se praticavam as mais altas sacanagem financeiras do mundo, além do centro da inteligência do poder militar, onde os piores tipos de terrorismos são planejados por soldadinhos com o peito cheio de bandeirinhas de lata, que decidem quem será removido do poder, que constituição será rasgada e quais ditadores receberão os dólares americanos para continuar dominando o mundo. Ali também se decide qual país miserável será bombardeado com o ódio de uma raça superior que não respeita culturas diferentes da sua.



É fácil compreender que diante deste espetáculo, a outra violência de que falávamos, aquela que condena milhões de semelhantes nossos a uma morte agonizante e silenciosa, morrendo de fome e doenças, fica em segundo plano. Tudo porque os países ricos precisam de nosso dinheiro para gozar a boa vida. Mas esquecem eles que o dinheiro é como o esterco. Amontoado queima a grama e nada produz. Mas se espalhado uniformemente sobre o campo fertiliza o solo e produz alimento.



Já estou farto de abrir os jornais que assino e constatar todo dia que a metade de seu conteúdo é dedicada à ‘guerra contra o terror’. Num passe de mágica, todos os nossos problemas desapareceram. Foi um milagre assistir no Fantástico a ação da Polícia Federal brasileira libertando trabalhadores escravos em pleno século 21, nos Estados do Pará e do Amazonas. Ah, mas quem disse que isto é terrorismo...



A mais triste das ignorâncias é aquela que, nascida do orgulho e da arrogância, é alimentada pela falta de memória e incapacidade de perceber a própria responsabilidade por suas dores. Bush ou Bin Ladem, Ariel ou Calibam, eu já fiz o meu juízo. Fico com a arte da palavra, a PAZ!

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