Rubêno falô Inêu
Cuma vate da USINA,
Cuma se eu fôsse vivo
Atrelando minha sina
A de tantos cordelista
Mi colocando na lista
Junto a tanta gente fina.
É o tempo qui insina
A santa sabiolença
Mais eu figo orguiôso
Quando um Hôme di ciença
Qui iscreve bom e belo
Cuma Rubêno Macelo
Fala di minha presença.
Deus quêra qui sempre vença
Todas as batalha da vida
Dijunto dos seus Fiín
E de sua muié querida
I di Nenzinha Olivêra
Cantadôra verdadêra
Qui foi quem lhe deu a vida.
Eu peço em contra partida
A irmandade dó cordé
Que aceite junto di nóis
Esse grande menestré
Pueta bom de lascá
Porém temperamentá
Cuma todo Véio é.
I sonha cuma muié
Pura dêle tê se ido
Pru causa di minha Bela
Iêu muito têm sufrido,
Purisso ao Portuga intendo
Êle deve di tá sofrendo
Ao ficar disinludido.
Aqui faço meu pidido
Aos colegas cordelista
Qui dada a boa vontade
Que tem mostrado o artista
Antônho Tôrre da Guia
Que a partir deste dia
Nóis o butemo na lista.
Mais para qui persista
A Paz qui já é visive
Peço a Minina Milena
Essa afilhada incrive
Qui tamém abaxe o facho
Pruqui di fato Iêu acho
A Paz é mêrmo pussive.
Nunca tanto amigo eu tive
Cuma tenho puraqui,
Purisso fico isperando
Qui aceitem o qui pidi
Recebendo o Portuga
Si adispois criá rusga
Nóis corre Êle daqui.
Ao portuga vô pidí,
Que si virá cordelista
Aceito pru tôdos nóis
I fizé parte da lista
Aqui num use muldura
Pisca-pisca nem firula
Quié coisa di vigarista.
Faça cuma os repentista
Seje simples, sem frescura
Tôdos nóis vai aplaudí
Pois nóis num é cara dura,
Elogia quem merece
I a amizade só cresce
Si fô verdadêra i pura.
Aqui né ôtro não meus fí, é Limêrinha do Tauá, prêto véio azulado, qui já morrêu mais num têm inveja di quêm tá vivo. Abença Gerardim Lyra.
