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Poesias-->Intruso -- 18/07/2000 - 22:42 (Lílian Maial) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
INTRUSO





Deixei-te, incauta, invadir meu território

Fingi não perceber que penetravas minhas verdades

Desconfiei, quando revelaste minhas mentiras

Desesperei, quando peregrinaste em meu coração aberto.

Ah, infame intruso de pegadas profundas

Deixando marcas sutis em teu caminho...

Livra-me de tuas correntes,

Que a clausura desse amor me queima!

Serve-te de minha alma pagã

E entalha nela teus dogmas,

Fazendo de mim tua mais fiel devota.

Flagela essa pele tenra com teus dedos hereges

E despe-me da vergonha e da sensatez,

Para desfrutar da luxúria e da entrega

Do corpo abandonado a teus critérios.

Não, não te aproximes

Sai, expulso de meu ventre

Que não te quero assim

Não te vejo meu

Não te sinto aqui

Então não me terás.

Ah, cruel sangue corrosivo,

Que não me deixa baní-lo de mim!

Minhas forças esvaem-se, inúteis,

Contra teu sorriso guerreiro.

Minhas armas não conseguem perfurar

As trincheiras de teu olhar sincero.

Meus soldados são derrotados antes mesmo de marcharem

Por teus beijos que açoitam feito chibata.

Ah, monstruoso cavalheiro,

De que vis paragens vieste roubar minha paz?

De que negros esconderijos surgiste de emboscada

E prendeste, indefeso, meu coração na armadilha do teu?

Vem de uma vez, toma, usurpa, governa

Que já não suporto mais tua ausência!

Estou vencida e, como tal,

Devo servir meu amo

A quem entrego, obediente,

Os punhos prontos para teus grilhões.

Acorrenta-me com teu amor,

Que tua escrava aguarda teus desejos

Insaciável, incansável, indefesa,

Toda tua.



Lílian Maial - 12/12/99.

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