Usina de Letras
Usina de Letras
82 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62243 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10450)

Cronicas (22538)

Discursos (3239)

Ensaios - (10369)

Erótico (13570)

Frases (50641)

Humor (20032)

Infantil (5440)

Infanto Juvenil (4770)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140811)

Redação (3308)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6198)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
cronicas-->MENOS DO QUE SEMPRE -- 24/06/2002 - 15:09 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Fui despejado e não bastasse isso, para me complicar ainda mais a vida, logo depois, furtaram o meu carro. Bem, você sabe como é: quando se está praticamente vivendo a fortuna adversa, pelo menos, tem-se os amigos com os quais pode-se desabafar. Foi assim que, numa tarde daquele início de inverno, quando nos preparávamos para ser os pentacampões mundiais de futebol, na praça bucólica, da cidade melancólica, encontrei meu amigo, o considerado Kol. Se você ainda não o conhece, aviso-o que já escreví sobre ele em diversas oportunidades e os textos encontram-se por aí em algum lugar deste site.
Kol naquele tempo estava abstraído tentando encontrar soluções para os problemas da obesidade. Notava muitos gordos que, com dificuldades imensas, circulavam pelas ruas em busca do equilíbrio corporal. Via que alguns mais arrojados procuravam até pedalar suas bicicletas, especialmente reforçadas, nos dias em que o trànsito, habitualmente caótico e emperrado, se apresentava menos maluco.
Contou-me que chegou a tirar algumas conclusões sobre as causas do acúmulo de tanta matéria incorporada. Uma delas era que, segredou-me ele, o ato de evacuar seria extremamente desagradável. Quando lhe perguntei o que poderia tornar a defecação insuportável e constringente, respondeu-me ele que: "Aquela aguinha que respingava no bumbum, logo depois de ser atingida pelos meteoros imensamente aquecidos, que adentravam a atmosfera liquefeita do cagatório, produziam mal estar inibitório, que gerava uma série de consequências, inclusive de ordem económica".
Curioso perguntei; "Como pode o desenho do vaso sanitário influir na anatomia das pessoas?" Ele respondeu-me: "Se o desconforto que se sente ao obrar, causado pelos respingos, for maior do que o prazer que produz o esvaziamento das vísceras, então, o balofo terá motivos de sobra para reter a titica".
Cofiando a barbicha, já embranquecida pelo passar dos anos, matutei com meus botões: "Oh Deus! Veja onde fomos parar com a peripatética."
Mas não deixava de ter certa razão o meu amigo.
Engatava a próxima pergunta ao venerável mestre, quando fomos interrompidos, na caminhada, por um pedreiro, que esbaforido, contava afoitamente o caso de um colega seu que deveria comparecer urgente na delegacia mais próxima. Kol arrepiou-se quando o interlocutor inesperado segredava ser necessário, requerer um "alvaral" de soltura.
Não ousei entrar no mérito da questão deixando que o considerado Kol resolvesse, com seu jeito, o problema.
Desvencilhando-se da inoportuna abordagem, Kol lembrou que, em certa ocasião, um bode expiatório, de um desses grupos sectários intransigentes, formou visivel aversão pela letra "K". Na verdade, o fito grupal era exatamente esse: fixar repulsa em torno desse símbolo gráfico. Criavam um estímulo aversivo. E tal adestramento visava o controle subliminar daquele imolado, que veementemente recusava-se a por termo num contrato de locação.
Mas voltando à vaca-fria, perguntei ao Kol: "Como poderia mudar uma cultura toda fazendo revolução nos hábitos da pupulação? Afinal, a merda deveria ser expelida de cima, onde os respingos não atingiriam a bunda ou o quê?"
Ele respondeu-me: "Mais do que nunca, ou menos do que sempre, quando for cagar, jogue um pouco de papel higiênico na água, cobrindo-a com uma película fina. A quantidade não será suficiente para entupir o vaso, mas evitará os pingos repelentes."
Bem, pude perceber, dentre outras coisas que, se a moda pegasse, as ações das fábricas de papel higiênico teriam subida valorização.
E aí, seremos pentacampeões?
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui