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Contos-->O Poeta -- 19/08/2002 - 23:11 (Gustavo Santos Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Me fale qual é o sentido do que nada me faz sentir. Um esboço de vida, arquétipo da felicidade. A verdade cultivada é cínica como o primeiro beijo de um homem. Saia do meu corpo paixão inadequada. Desabita minha mente, meu coração, minha consciência. Já não basta habitar meus sonhos, agora queres também fazer parte dos meus dias. Loucura dissimulada esta que venero. Maltratando as palavras, zombando com os próprios sentimentos. Até quando vou continuar com isto? Até quando continuarei sendo ingrato com a vida? Enquanto for um poeta, pressuponho. Enquanto for um poeta, continuarei a zombar com minhas palavras, jogar com os meus sentimentos, ignorar a verdade pela arte. Pois o poeta é cínico e dissimulado. O poeta é cínico e dissimulado porque ele não vive a verdade dos momentos, ele reinventa cada momento com suas próprias palavras. Ele não se dá o prazer de apenas contemplar e sentir o pôr do sol, ele têm a necessidade de transformar aquilo em palavras no mesmo momento. Ele não vive sem desafiar a natureza, inclusive a sua própria natureza. Ele é um ser ingrato com Deus. E ele sabe disto. Ele sabe disto e sofre com isto. Ele sofre muito com isto, pois ao tentar não ser ingrato com Deus, ele dissimula a sua própria fé. Transforma a sua fé em arte. Pequenos seres que pensam ser Deus. Pobre dos poetas. Pobre de mim.
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