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Contos-->Caçada ao Assassino Cap.5 -- 23/06/2000 - 03:34 (Carlo Alessandro Baptista da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Caçada ao Assassino
Cap.5

" O Homem embaixo da Pedra ".

Em meio a chuva e ao frio e aquele maldito
rock and roll no carro do Castanho, não sobrava
muito espaço para conversarmos por isto achei
estranho quando ele de súbito desligou o rádio e
disse:
- Caio, você acha que vai dar alguma coisa
falar com os pais e amigos do garoto, tá mais
do que na cara que isso foi coisa de um psicopata.
- Castanho, eu sei, você sabe e até o Silveira
sabe, mas estamos aqui para cumprir tabela, ninguém tem certeza de nada nessa vida.
Ele ficou mudo e ligou o rádio de novo, tome rock, não sei como eu aguento, mas fazia parte
da rotina, rock nas nossas viagen daqui para lá.
Ao tocarmos a campainha, fomos atendindos por
uma outra senhora loira, a tia do rapaz, na faixa
dos seus 40 anos, nos convidou para entrar mas
já na porta nos informou que não iriámos falar com a mão dele que se encontrava sedada na cama.
Após as apresentações, iniciamos o questionário:
- Por acaso o André tinha alguma inimizade que
a senhora recorde ? Castanho começou.
- Não que eu lembre, o André nunca foi de se meter em nenhuma encrenca, sempre foi um bom
menino.
Seus olhos começaram a marejar e a brilhar com as lágrimas que queriam rolar.
- Algum problema com garotas, alguma namorada
recente ? Castanho continuou.
- Não, o André sempre foi muito tímido, apesar
de bonito, seu último namoro sério acabou a 1
ano atrás.
- Por acaso, a senhora poderia indicar algum
amgo dele que tivesse mais conhecimento das
suas rotinas com os quais pudessemos conversar?
eu disse.
- Claro, temos o Alexandre aqui mesmo no prédio, vou pedir para ele descer, eles estavam
sempre juntos.
Ela foi ao interfone, pouco depois, o rapaz
franzino com ar entrestecido sentou-se ao nosso
lado.
Fizemos algumas perguntas, nenhum desafeto,
nehum caso com garotas desconhecidas, nada que
pudessemos relacionar com o caso, como eu disse,
pura e simplesmente estavámos ali para cumprir um processo burocrático.
Castanho pediu para darmos uma olhada no
quarto dele.
No quarto nada demais, uma tv, uma cama, um poster da Marisa Monte, um computador, etc.
Parecia que ao longe eu podia ouvir os soluços
da mãe dele, mas mantive a frieza e não fiz
nenhuma alusão a isto. Castanho ligou o computador, alguns jogos instalados, nenhuma pasta de arquivo pessoal, alguns trabalhos escolares, sem novidades nenhuma.
Meu celular tocou, era o Silveira, meu chefe,
tinham achado algo no metrô, um dardo com uma
mensagem amarrada, estava atrás de uma lixeira
na estação onde o garoto fora morto, disse-lhe
que não iríamos demorar e que logo estaríamos
na estação para pegar o que lá que fosse.
Castanho continuava dando uma geral no quarto
com calma, eu disse.
- Acharam algo na estação.
- A mensagem aposto, esses loucos, sempre nos
dão uma pista, parecem que se vêem como o louco do Seven, deixando uma trilha de migalhas que nos
leve até eles.
- Fique calmo, vamos ter que passar no metrô
assim que saimos daqui, desencane dessa geral.
- Ok.
Agradeci a sra. Roberta por ter-nós recebido.
O som das lágrimas da mãe ao longe pareciam
ecoar ainda em cima de mim.
Na estação fomos recebidos pelo Sr. Palmares, chefe de segurança do metrô, levou-nós até uma
sala diferente de onde eu havia visto o vídeo na primeira noite, sobre um mesa sob um pano verde, estava o dardo com um papel enrolado.
- Quem mais mexeu nisso ? perguntei.
- Somente o encarregado da limpeza.
- Ele usava luvas ?
- Não.
Palmares respondeu aquele não com pesar
sabendo o que significava, perda de uso como evidência no caso de uma passada pelo tribunal.
Coloquei minhas luvas de borracha e li a
mensagem batida a máquina.

" O Homem embaixo da pedra sorri
Como aquele que agora não mais ri
Uma queda sublime terei
Que voe livre o primeiro que ir "

A palavra primeiro no poema me causou um
arrepio involuntário. Castanho acendeu um cigarro.
Agora não havia mais dúvidas, tinhamos um
maníaco a solta.

continua


Caçada ao Assassino.
Cap. 5

Lorcar
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