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Cartas-->40. RODRIGUES -- 28/08/2002 - 06:41 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Não tenho permissão para trazer o teor integral da mensagem que preparei com muito amor e carinho. É que desejei, maliciosamente, induzir os leitores a considerarem a possibilidade de se alçarem diretamente aos campos sagrados do Senhor, se mantivessem atitude de completo desvanecimento perante as manifestações mediúnicas.

Somente depois de mostrar o rascunho aos colegas é que me deram conta de que as observações não continham as premissas da simplicidade doutrinária e da organização silogística dos argumentos, segundo princípios hauridos da verdade evangélica.

Quis reprogramar o sistema mas terminei considerando muito mais eficaz, para o cumprimento das normas da equipe, refazer o escrito, passando a comentar a própria atitude, onde vi manancial de proveito para os médiuns novatos. É que nem sempre as coisas se passam de forma inteiramente controlada.

Vamos imaginar que me rebelasse contra as observações restritivas dos colegas e que buscasse outro companheiro encarnado, para lhe passar as informações e exortações que arquitetara. Iria dar imenso trabalho a todos e, caso lograsse êxito na transmissão, iria pôr uma peça bem redigida mas completamente falha, nas mãos inábeis de alguém que poderia deixar-se iludir pelo empolado literário.

Aqui entra a necessidade de considerar o médium capaz de apanhar terminologia estranha ao quotidiano, pois, se me deparasse com pessoa realmente letrada, erudita e fiel discípulo de Kardec, provavelmente não teria sucesso na transmissão, recebendo merecida doutrinação, como se fora ser das Trevas, interessado em colocar os filiados ao movimento espírita em dificuldades.

Por outro lado, estas diretrizes me facultarão deixar assinalado que, mesmo para os textos passados pela “Turma dos Primeiros Socorros”, haverá quem se ponha a detido exame, podendo encontrar pistas, segundo sua maneira de ver e interpretar, que estejam a indicar-lhe que os nomes que encabeçam os textos sejam o disfarce sagaz de um só espírito maldoso, que pretenda enganar, em primeiro lugar, o médium, escravizado ou obsidiado, e, depois, a quantos incautos derem atenção aos desenvolvimentos, muitas vezes inusitados, carregados de pontos que se querem constituir em novidades etéreas, para o que se afirmam evangélicos, na linha do kardecismo.

Não é verdade que era preciso apontar para a possibilidade de existir quem não se deixe facilmente cativar pela aparência de lisura, de honestidade e de sabedoria? Isto é plausível e recomendável, desde que não fira de morte a intenção de se auxiliarem os mortais, naquilo que se indica como falho, como não desenvolvido, como pretensamente sabido, que é o caso dos conhecimentos relativos aos que morrem cedo e se vêem, no etéreo, na condição infantil.

Não sei se recebi influenciação superior para elaborar a primeira tese de forma tão contrária às normas estatutárias do grupo. A verdade é que os parceiros me fizeram entender o quanto estava errado, na pretensão de clamar contra os vícios, descarregando toda a potencialidade lingüística naqueles que se acomodam por ócio, por preguiça, por interesses meramente materiais, por suspeitarem de que irão prosseguir iludindo os instrutores e protetores, para que permaneçam, no etéreo, gozando das regalias atuais, uma vez que não se interessam por ajudar quem esteja necessitado, para não desestruturarem o seu pequeno mundo, correndo o risco de perderem as comodidades que lhes dão tranqüilidade quanto ao futuro corpóreo.

Iria submeter os leitores ao crivo das acusações conscienciais, despertando-os para a malícia que eu mesmo estaria utilizando, como a dizer-lhes que, se não estivessem atentos e não fossem espertos, poderiam vir a ser aliciados para trabalhos tão penosos quanto estes, que fazemos com tanta boa vontade, sem repercussão, contudo, no ânimo dos leitores. Dir-lhes-ia, também, que os mais sabidos, no campo doutrinal, não se deixariam envolver pela dramatização empolgada de quem teria “passado a perna” nos próprios mentores, para efetuar, afinal de contas, o que tinha tão argutamente construído.

Para quem estiver lendo “com o pé atrás”, desconfiado de que o texto inicial acabou prevalecendo, vou recomendar que releia os tópicos iniciais, para descobrir se ali participei aos leitores o que realmente disse ou se camuflei as intenções para chegar a este ponto incólume quanto às suspeitas.

Tendo sido advertido para os pontos falhos, considerei que todas as manifestações assinadas por seres desencarnados podem passar pelo mesmo crivo de sagaz interpretação, já que a exegese textual admite princípios norteadores para a descoberta das verdadeiras intenções.

Pelo que sei, Kardec recomendava, em primeiro lugar, que se analisasse a linguagem, para que se evidenciassem as qualidades literárias, pois, conforme expunha, só criaturas desenvolvidas no aspecto moral seriam capazes de elaborar textos o mais possíveis perfeitos quanto à gramática e à retórica, cuidando da nobreza, elegância, clareza e demais encantos que tornam o texto sedutor. Kardec ainda determinava aos críticos que não deixassem passar qualquer senão doutrinário, pois seria preferível que o texto estivesse correto moralmente, embora escrito de forma um tanto ou quanto pobre do ponto de vista lingüístico, a apresentar erro que viesse a prejudicar o desenvolvimento teórico do Espiritismo. Que sejam esquecidas cem verdades, a se admitir uma única mentira...

Não saberia dizer se o Mestre Lionês iria aprovar esta miscelânea de considerações que constituem o corpo de informações da obra, mas, certamente, iria olhar com muito carinho para esta prova da existência de seres no grupo capazes de desejar passar aos encarnados idéias sobre as quais não meditaram suficientemente, para dizer o de menos.



Irmão José pediu a todos que dissessem um pai-nosso em agradecimento pela feitura do livro. Convoco os irmãozinhos leitores a que façam o mesmo, para que possamos receber o influxo das vibrações de amor e de carinho dos superiores da instituição e de nossos protetores nos planos mais elevados.

Fiquem com Deus!

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