A Comunicação Universal
Com muita propriedade e discernimento Jacques Delors, no seu texto "Educação: um tesouro a descobrir" aborda a grande problemática que a humanidade hoje se depara em face de comunicação em massa, considerando uma sociedade extremamente heterogênea, quando tanto está nas mãos de poucos e tão pouco nas mãos de muitos.
Qual a conseqüência dessa comunicação em massa no futuro da humanidade?
Várias indagações surgem, naturalmente, na constatação dessa problemática.
Até que ponto os países que detêm o acesso e a tecnologia dessa comunicação podem, futuramente, amalgamar e, mesmo, transformar outras culturas menos privilegiadas?
Estão preparados para desempenhar esse papel e compreender o significado dessa responsabilidade com as gerações futuras?
O homem cria aquilo que está dentro dele mesmo, não inventa nada que extrapole a sua natureza, assim toda a tecnologia de hoje à disposição dos mais privilegiados é o reflexo da necessidade que o homem tem de se expandir e que podemos "pré-conceiturar" de: evoluir.
Estamos diante do inexorável.
No entanto, há de se considerar que em decorrência do grande desequilíbrio, principalmente econômico, que se verifica no mundo, quando mais de um terço da população sequer tem energia elétrico, o tempo e a velocidade das informações caminham por estradas diferentes, os mais privilegiados por vias expressas e os menos privilegiados precisam abrir seu caminho na selva à foice.
Como equilibrar o desequilíbrio? Como preservar a identidade, identificando-se? Aparentemente duas indagações utópicas, românticas e pueris.
Só existe um caminho, independentemente da raça, cor e religião como diz a nossa Constituição, ou nas palavras do já falecido Vicente Matheus, o time de futebol que se filie ou a brama que a antártica oferecer: a Educação.
Ela, a Educação (e ninguém mais) será a mestra dessa sinfonia mundial de costumes e conhecimentos e, como mestra, poderá harmonizar todos os instrumentos dessa grande orquestra que é a humanidade.
Sandra Falcone |
